Lucro líquido da Syngenta recua 17,29% em 2015, para US$ 1,339 bilhão

O resultado equivale a US$ 17,78 de retorno por ação, 8,44% inferior aos US$ 19,42 repassados aos acionistas em 2014.

4 de fevereiro de 2016 | Sem comentários Comércio Empresas

03 Fev 2016 | 11h19


São Paulo, 03 – A Syngenta, fabricante suíça de sementes e agrotóxicos, reportou lucro líquido de US$ 1,339 bilhão no exercício de 2015, com queda de 17,29% ante os US$ 1,619 bilhão somados no ano anterior. O resultado equivale a US$ 17,78 de retorno por ação, 8,44% inferior aos US$ 19,42 repassados aos acionistas em 2014.


Em 2015, a receita da Syngenta somou US$ 13,411 bilhões, equivalente a uma retração de 11,38% sobre os US$ 15,134 bilhões em 2014. Se descontada a variação cambial no período, o resultado foi superior em 1%.


O Ebitda, lucro antes do pagamento de juros, impostos, depreciações e amortizações, também foi pressionado pelo dólar mais valorizado, e recuou 5,09% ante os US$ 2,926 bilhões de 2014, para US$ 2,777 bilhões no ano passado. Considerando taxas de câmbio constantes, o resultado foi 16% superior. A margem Ebitda melhorou de 19,3% para 20,7% na comparação anual.


A empresa aponta que as condições deterioradas no mercado latino-americano prejudicaram os negócios, principalmente no Brasil, por causa da depreciação do real ante o dólar e outras divisas.


Apesar disso, a Syngenta afirma que novas tecnologias tiveram uma boa demanda e desempenho comercial no País. Foram implementadas algumas mudanças nos contratos de produtos para proteção de safra, o que causou um impacto positivo de US$ 239 milhões nas vendas.


Em compensação, a redução deliberada de glifosato nas fórmulas e queda nos preços da substância resultaram numa retração de US$ 224 milhões nas vendas da região.


A Syngenta, que divulgou nesta terça-feira, 3, o posicionamento favorável de seu Conselho Administrativo quanto à aquisição da empresa pela ChemChina, afirma que pretende melhorar a lucratividade do negócio em 2016 com redução de custos e novos produtos.


“Melhorar as vendas de nossos novos produtos e aprimorar ainda mais a efetividade do setor comercial deverá nos ajudar a manter e melhorar o market share”, comentou o CEO da Syngenta, John Ramsay.


“O relacionamento com os clientes é crucial para manter nossa liderança nos mercados emergentes, assim como nossa experiência na gestão de risco nesses países, que favorece nosso posicionamento neste período de volatilidade”, adicionou.


Fonte: Q10/Estadão Conteúdo

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