Linha de crédito do BB voltada à armazenagem tem baixa procura

14 de janeiro de 2014 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

14/01/2014

São Paulo, 14 – O gerente executivo de agronegócios do Banco do Brasil, Günther Knak, disse nesta terça-feira, 14, durante o lançamento do Rally da Safra 2014, em São Paulo, que ainda é tímida a demanda dos produtores pela linha de crédito de R$ 5 bilhões disponibilizada para armazenagem no ciclo 2013/14, iniciado em julho passado. “É uma decisão de investimento muito importante que depende da região de atuação, da capacidade de produção e da logística. O agricultor sabe que o agronegócio tem momentos de grande safra e outros de colheita menor, então procura avaliar com calma”, justificou Knak. De acordo com ele, produtores e cooperativas da Região Sul são os mais interessados na linha de financiamento. “É uma região que tem há tempos a cultura da armazenagem, mas as novas fronteiras (agrícolas) devem aumentar a demanda nos próximos meses e semestres.”

 Sobre a velocidade em que os recursos estão sendo disponibilizados, o gerente do Banco do Brasil disse que o processo é mais demorado porque os projetos precisam passar por avaliações técnicas e ambientais. “Talvez o mercado esperasse um desembolso mais rápido nos últimos seis meses, mas não tenho dúvida de que o programa vai ganhar velocidade e todos os recursos que o governo disponibilizou para fazer frente à carência de armazenagem vão ser utilizados nos próximos anos.” Segundo ele, grandes projetos de cooperativas já estão em análise e os gargalos de infraestrutura de armazenagem devem ter redução significativa nos próximos meses.

 O sócio-diretor da Agroconsult, André Pessôa, acrescentou que muitos investidores de fora do agronegócio estão enxergando o atual déficit de estocagem como uma oportunidade de negócio no País. “Em 2013, recebemos na consultoria pelo menos 10 investidores pedindo avaliação dos melhores locais para construção de armazém. Eles acham que é um ativo que pode gerar resultados satisfatórios”, afirmou Pessôa.

Fonte: Agência Estado

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