Líder em equipamentos para setor de café mais que dobra vendas em feira em MG

Com alguns lançamentos como a despolpadora de café a seco, ecologicamente correta por não desperdiçar água, a empresa com 66 anos de existência, que hoje vende para 93 países, aumentou em 120 por cento seus negócios na Femagri, em Guaxupé (MG), realizada

13 de fevereiro de 2017 | Sem comentários Comércio Empresas
Por: Por Roberto Samora

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GUAXUPÉ, Minas gerais (Reuters) – A Pinhalense, empresa brasileira líder no mercado de equipamentos e máquinas para o setor produtivo de café, mais que dobrou as vendas registradas no primeiro dia da principal feira do setor no país, evidenciando efeitos de bons preços do grão nos últimos anos, investimentos em inovações e a diversidade de produtos da companhia, enquanto cafeicultores e exportadores investem na busca por eficiência.


Com alguns lançamentos como a despolpadora de café a seco, ecologicamente correta por não desperdiçar água, a empresa com 66 anos de existência, que hoje vende para 93 países, aumentou em 120 por cento seus negócios na Femagri, em Guaxupé (MG), realizada pela cooperativa Cooxupé.


A forte alta, na comparação com o mesmo primeiro dia da feira no ano passado, surpreendeu o presidente da empresa Reymar Coutinho de Andrade, também um dos 83 acionistas da companhia, quando ele concedia entrevista à Reuters e recebeu a informação no início da noite de quarta-feira.


“Já estou revendo minhas expectativas para a feira em função disso”, afirmou ele, que previa um aumento de 30 a 35 por cento no faturamento advindo da Femagri, após receber dados sobre os 161 negócios registrados.


O total de ganhos apenas na quarta-feira superou o verificado em dois dias da Femagri em 2016, revelou Andrade, sem detalhar valores. A feira prossegue nesta quinta e na sexta-feira.


O empresário lembrou que a expectativa de faturamento total da empresa este ano é 15 por cento superior aos 160 milhões de reais registrados em 2016, e não descartou revisar para cima seus números anuais já que a companhia fechou janeiro com ganhos acima daquele índice esperado para 2017 inteiro, e fevereiro “começou bem com as boas notícias da Femagri”.


Questionado sobre como encara tais resultados enquanto o país atravessa uma de suas piores crises da história, Andrade foi rápido e direto: “O país está em recessão, não a agricultura, que vive um outro momento, e o café vive um momento melhor que as outras commodities”.


“O café vem de sucessivos anos de bons preços, e a safra deste ano é menor (pela bienalidade negativa), mas não é tão baixa quanto estão falando”, comentou.


A Pinhalense, de Espírito Santo do Pinhal, interior de São Paulo, é uma empresa que produz desde equipamentos para combater ervas daninhas até aqueles que ajudam na elaboração de uma boa xícara de café, sublinhando a diversidade do portfólio de máquinas oferecidas pela companhia.


A empresa estimar ter, considerando um mix de produtos, cerca de 55 por cento de participação no mercado global de máquinas e equipamentos para o setor de café, sendo líder absoluta na produção de usinas de rebeneficiamento, com mais de 80 por cento de “share”.


“Mais da metade do café consumido no mundo passou por pelo menos uma máquina da Pinhalense”, orgulha-se o presidente da empresa, cujo estande era um dos maiores da exposição da 16a Femagri, evento de que ele participou desde a primeira edição.


A companhia produz lavadores de café, colheitadeiras de grande porte, classificadores, beneficiadora móvel, entre outros equipamentos.


A Pinhalense, que tem a Cooxupé como importante cliente, mas não o principal, fechou contrato no final do ano passado para a construção da expansão da usina de beneficiamento da cooperativa, no que vai ser a maior estrutura individual de processamento de café do mundo, disse Andrade, sem revelar o orçamento.


DEMANDA POR EFICIÊNCIA


Com exportadores de café demandando cada vez mais grãos com qualidade, é crescente no mundo a demanda por máquinas para o chamado rebeneficiamento de café, e essa é uma das ondas em que surfa a Pinhalense.


Também colabora para isso o fato de as empresas exportadoras estarem cada vez mais investindo em estruturas próprias, para terem garantia de que ofertarão grãos de qualidade, dentro das especificações dos clientes.


Além disso, mudanças geográficas na produção de café também explicam uma parte da demanda por equipamentos para as usinas.


“Nos últimos anos, as maiores usinas do mundo foram montadas no Vietnã”, afirmou Andrade, lembrando que em pouco tempo o país asiático se transformou no maior produtor global decafé do tipo robusta.


Tais movimentos também ocorrem no Brasil, acrescentou o empresário, ressaltando que a produção de robusta está se deslocando para o sul da Bahia e Rondônia. “Com isso, o exportador precisa se posicionar e colocar uma unidade lá”, afirmou, salientando que a Pinhalense constrói usinas “customizadas” de acordo com as necessidades do cliente.


“Poucos minutos atrás estava sentado com um grupo alemão discutindo esse assunto”, revelou ele, que atua na Pinhalense há 20 anos, sendo oito na função de presidente.


Enquanto isso, também cresce no campo a demanda por equipamentos, com produtores bem capitalizados por preços em patamares históricos do café no Brasil buscando cada vez mais a eficiência das operações, redução de custos e maiores rentabilidades.


Fonte: Reuters

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