Por José Braz Matiello – engenheiro agrônomo da Fundação Procafé e J. Renato Dias e Lucas Franco – engenheiros agrônomos Fazendas Sertãozinho e P.C. de Almeida – técnico agrícola Viv. Vale Verde
Lesmas, assim como caramujos, são animais moluscos que no geral são considerados inofensivos. Porém, sob determinadas condições podem se tornar pragas de vegetais, especialmente em hortas e jardins.
Um severo ataque de lesmas foi constatado, recentemente, em viveiro de mudas de café, no Sul de Minas. As mudas no estágio de 1- 4 pares de folhas começaram a apresentar pequenos buracos nas folhas. A princípio parecia um ataque de lagartas comuns, mas, depois, verificou-se, durante a noite, que as lesmas é que estavam comendo as folhas de forma localizada, mais no centro das folhas, diferentemente do que ocorre com lagartas, as quais destroem também as margens das folhas.
As observações feitas no viveiro durante o dia constataram a ocorrência de lesmas em número significativo, escondidas sob as caixas de mudas.
Os prejuízos causados pelo ataque das lesmas são representados pela redução da área foliar das mudas além de, no caso de ocorrência de período úmido e frio, as lesões/ferimentos poderem ser porta de entrada de doenças, como Pseudomonas e Phoma/Ascochyta.
Detectado o problema, agora vamos falar sobre as medidas de controle. Este pode ser feito de dois modos básicos:
a) Por catação – Diretamente, nos esconderijos ou através de iscas armadilha. Como armadilha pode-se usar sacos de aniagem embebidos em cerveja, ou em leite, ou colocando laranjas ou cenouras partidas sob eles, de forma a atrair as lesmas e depois fazer sua catação e eliminação.
b) Por controle químico – No passado se usava o Temik para controle, o qual está fora do mercado. Hoje em dia são indicadas iscas moluscicidas contendo formaldeído, usualmente a 5%.
Estas são formuladas como pequenos grânulos, os quais devem ser distribuídas à razão de 8-14 g por metro quadrado de área, não suportando muita chuva sobre eles. Como produto comercial formulado no mercado temos o Metarex. Existe referência na literatura, ainda, para o uso de iscas com fosfato férrico (a 1%), cujo produto comercial se chama Ferramol, na base de 2 g por metro quadrado. A aplicação deve ser feita no final da tarde, pois a atividade das lesmas ocorre à noite. Muitas vezes é necessário reaplicar, pois podem ocorrer novas gerações da praga.
Medidas auxiliares, para reduzir o problema com o ataque de lesmas, consistem em se eliminar quaisquer resíduos dentro do viveiro, onde as lesmas possam encontrar esconderijo e evitar molhar o viveiro durante a noite, pois o ambiente úmido facilita o deslocamento delas.
Mudas de café com furos (lesões) nas folhas, resultado do ataque de lesmas, Botelhos (MG), outubro de 2015
Lesmas encontradas sob as caixas de mudas de café
Detalhe da lesma
Lesmas, assim como caramujos, são animais moluscos que no geral são considerados inofensivos. Porém, sob determinadas condições podem se tornar pragas de vegetais, especialmente em hortas e jardins.
Um severo ataque de lesmas foi constatado, recentemente, em viveiro de mudas de café, no Sul de Minas. As mudas no estágio de 1- 4 pares de folhas começaram a apresentar pequenos buracos nas folhas. A princípio parecia um ataque de lagartas comuns, mas, depois, verificou-se, durante a noite, que as lesmas é que estavam comendo as folhas de forma localizada, mais no centro das folhas, diferentemente do que ocorre com lagartas, as quais destroem também as margens das folhas.
As observações feitas no viveiro durante o dia constataram a ocorrência de lesmas em número significativo, escondidas sob as caixas de mudas.
Os prejuízos causados pelo ataque das lesmas são representados pela redução da área foliar das mudas além de, no caso de ocorrência de período úmido e frio, as lesões/ferimentos poderem ser porta de entrada de doenças, como Pseudomonas e Phoma/Ascochyta.
Detectado o problema, agora vamos falar sobre as medidas de controle. Este pode ser feito de dois modos básicos:
a) Por catação – Diretamente, nos esconderijos ou através de iscas armadilha. Como armadilha pode-se usar sacos de aniagem embebidos em cerveja, ou em leite, ou colocando laranjas ou cenouras partidas sob eles, de forma a atrair as lesmas e depois fazer sua catação e eliminação.
b) Por controle químico – No passado se usava o Temik para controle, o qual está fora do mercado. Hoje em dia são indicadas iscas moluscicidas contendo formaldeído, usualmente a 5%.
Estas são formuladas como pequenos grânulos, os quais devem ser distribuídas à razão de 8-14 g por metro quadrado de área, não suportando muita chuva sobre eles. Como produto comercial formulado no mercado temos o Metarex. Existe referência na literatura, ainda, para o uso de iscas com fosfato férrico (a 1%), cujo produto comercial se chama Ferramol, na base de 2 g por metro quadrado. A aplicação deve ser feita no final da tarde, pois a atividade das lesmas ocorre à noite. Muitas vezes é necessário reaplicar, pois podem ocorrer novas gerações da praga.
Medidas auxiliares, para reduzir o problema com o ataque de lesmas, consistem em se eliminar quaisquer resíduos dentro do viveiro, onde as lesmas possam encontrar esconderijo e evitar molhar o viveiro durante a noite, pois o ambiente úmido facilita o deslocamento delas.
Mudas de café com furos (lesões) nas folhas, resultado do ataque de lesmas, Botelhos (MG), outubro de 2015
Lesmas encontradas sob as caixas de mudas de café
Detalhe da lesma