Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café teve a Bahia como campeã desta 11ª edição
O leilão dos melhores cafés do Brasil, que são os lotes finalistas do 11º Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café – Safra 2014, segue até dia 16 e é aberto a indústrias de torrefação, cafeterias e demais pessoas jurídicas. Admite-se a participação de consórcios de empresas e os lances podem ser dados para aquisição de todo o lote ou apenas de 1 saca. Os interessados em participar devem acessar no site www.abic.com.br a Ficha de Lance Comprador, que deverá ser preenchida e enviada para o e-mail cristiane@abic.com.br.
O valor do lance mínimo aceito é de R$ 857,54 (50% acima da cotação BMF/Bovespa do dia 2/Dezembro). O resultado do leilão será divulgado pela ABIC no dia 17 de dezembro, quando serão anunciadas as Empresas Campeãs da Edição Especial, compradoras dos cafés, que serão premiadas em três categorias: Ouro, de maior valor de aquisição por saca; Diamante, pelo maior investimento total em qualidade, e Especial, na qual concorrem os microlotes e que premiará a empresa que oferecer o maior valor nas duas sacas.
Nesta edição, o café arábica da variedade Catuaí, cultivado pelo produtor Antônio Rigino de Oliveira em Piatã, na Bahia, foi o grande vencedor do Concurso. O lote concorreu na categoria Café Cereja Descascado / Despolpado e com a nota máxima de 8,72 pontos, tornou-se campeão tanto desse grupo quanto de todo o concurso, com o café sendo considerado “único” e “extraordinário” pela Comissão Julgadora.
Na categoria Café Natural, o campeão foi o lote de Bourbon do produtor José Clóvis Borges, de Divinolândia (SP), com a nota 7,92. E na categoria microlote, o vencedor foi o produtor Eufrásio Souza Lima, de Barra do Choça, Bahia, que em 2013 foi o campeão do concurso. Seu café da variedade Catuaí recebeu a nota 8,26 e foi considerado “esplendido” pela Comissão Julgadora.
Promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o concurso este ano foi disputado pelos lotes finalistas dos certames estaduais realizados na Bahia, São Paulo, Paraná e Minas Gerais. O Espírito Santo não inscreveu seus cafés este ano.
Todos os lotes foram analisados por uma Comissão Julgadora integrada por provadores especializados em avaliação sensorial conforme a metodologia do PQC – Programa de Qualidade do Café, e membros dos grupos de prova dos laboratórios credenciados pela ABIC para avaliarem e monitorarem as marcas certificadas (hoje são 545, das quais 148 na categoria Gourmet). “Esse é o grande diferencial do concurso nacional promovido pela ABIC, a utilização da metodologia do PQC, único no Brasil e no mundo, que avalia o café no ponto de torra de consumo, exatamente igual ao produto que o consumidor compra para preparação diária”, explica Américo Takamitsu Sato, presidente da ABIC.
A Comissão Julgadora foi integrada por: Eduardo Carvalhaes (Associação Comercial de Santos); Sérgio Carvalhaes (Laboratório Carvalhaes); Camila Arcanjo (Sindicafé – São Paulo); Lilian Duarte (SENAI – Laboratório), e Gina M. B. Q. Cardozo (CCQA / Ital). A avaliação dos cafés foi realizada no CPC – Centro de Preparação de Café do Sindicafé – São Paulo, que é credenciado pela ABIC. Os juízes avaliaram a qualidade global do café na xícara, pontuando notas de 0 a 10 para propriedades como: aroma, sabor, corpo e retrogosto.
Lotes de 6 e 2 sacas
Nesta 11ª edição do Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café foi alterado o tamanho dos lotes das categorias Café Natural e Café Cereja Descascado: são formados por apenas 6 sacas, duas a menos do que o exigido nos concursos anteriores. Na categoria Microlote foram mantidos os critérios: limite de 2 sacas por cafeicultor, desde que o café, Natural ou Cereja Descascado, tenha sido produzido em uma propriedade com até 15 hectares, exigência que visa privilegiar o pequeno produtor.
De acordo com Nathan Herszkowicz, diretor executivo da ABIC, a determinação dos lotes de Café Natural e Cereja Descascado serem de apenas 6 sacas visou permitir ao produtor buscar a excelência no preparo de cada lote, tendo em vista as dificuldades enfrentadas em muitas regiões nesta safra, por causa da seca. “Mas essa limitação fará também que a disputa entre indústrias e cafeterias, durante o leilão, seja mais acirrada ainda”.
Em meados de abril de 2015, os cafés adquiridos pelas indústrias e cafeterias chegarão aos supermercados, cafeterias e lojas gourmet, compondo a 11ª Edição Especial dos Melhores Cafés do Brasil. Os produtos, em embalagens sofisticadas de 250 gramas, também poderão ser adquiridos nos sites das torrefadoras e cafeterias participantes.
CLASSIFICAÇÃO POR QUALIDADE GLOBAL NA XÍCARA
QG | Produtor | Fazenda | Cidade/UF | Tipo de Preparo | |
1º | 8,72 |
Antônio Rigno | Fazenda São | Piatã-BA | CD |
2º | 8,26 |
Eufrásio Souza Lima | Sítio Boa Vista | Barra do | Microlote |
3º | 8,10 | Greciano | Sítio Forquilha do Rio | Espera Feliz-MG | CD |
4º | 8,06 |
Arnaldo Alves Vieira | Fazenda Baobá | São Sebastião | CD |
5º | 8,00 | Adriano de | Sítio Ribeirão | Ibaiti-PR | Microlote |
6º | 7,92 | José Clovis Borger | Divinolândia-SP | Natural | |
7º | 7,90 | Marcos | Sítio Boa Esperança | Ibaiti-PR | CD |
8º | 7,88 | José Eduardo | Chácara | Ribeirão Claro-PR | Natural |
9º | 7,82 | Charles Souza Matos | Fazenda Gameleira 2 | Piatã-BA | Natural |