Leilão da ABIC tem preço recorde entre todos os concursos do Brasil em 2015

Lance de R$ 10.020,16 foi dado pela Coopinhal, de São Paulo, e foi o maior valor pago por uma saca de café entre todos os concursos de qualidade realizados no país no ano passado

21 de janeiro de 2016 | Sem comentários Consumo Torrefação
Por: Marília Moreira

A Associação Brasileira da Indústria de Café divulgou nesta quinta-feira (21) o resultado do leilão dos 11 lotes finalistas do 12º Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café. O pregão, realizado no período de 12 a 19 de janeiro, comercializou 49 das 54 sacas ofertadas (91%), totalizando uma arrecadação no valor de R$ 64.212,16, e registrando uma média de lances de R$ 1.310,45 a saca. O preço mínimo de abertura foi de R$ 872,00 a saca, 50% acima da cotação da BMF/Bovespa do dia 11 de janeiro, conforme estipulado pelo regulamento.


Grande destaque deste leilão foi o lance recorde dado pela Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Pinhal (Coopinhal), que pagou R$ 10.020,16 pela saca de café do produtor Paulo Rogério Marchi, de Serra Negra (SP). “Esse foi o maior valor de aquisição pago por 1 saca de café entre todos os leilões dos concursos de qualidade realizados no Brasil em 2015 por diversas entidades e instituições”, comemora Ricardo de Sousa Silveira, presidente em exercício da ABIC.


O lance recorde dado pela Coopinhal para seu Café Gran Reserva Coopinhal, resultou também no maior investimento em qualidade feito no leilão, e a cooperativa tornou-se a Empresa Campeã na Categoria Diamante deste 12º Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café.


Já na Categoria Ouro, que destaca o maior valor de aquisição para compra mínima de 4 sacas, a Empresa Campeã foi a Il Barista Cafés Especiais (SP). A empresa arrematou por R$ 1.590,00 uma saca de café cultivado por João da Silva Neto em Araponga (PR), que foi o produtor campeão do concurso, com nota final de 8,72 pontos, em uma escala de zero a 10.


Na Categoria Especial, que destaca o maior lance dado em um Microlote, a Empresa Campeã foi a Café do Mercado, de Porto Alegre (RS), que arrematou as 2 sacas de café da produtora Maria Aparecida Maciel Gomes, de Japira (PR). A empresa pagou R$ 1.500,00 por saca.


Novos Participantes


Nesta 12ª edição do concurso, os lotes foram avaliados por um Júri Técnico e também quanto à Sustentabilidade das propriedades rurais e suas Boas Práticas de Produção. De forma inédita, os cafés ainda passaram pelo crivo dos Júris Populares nos cinco estados participantes (SP, PR, MG, BA, ES), incorporando, assim, a opinião dos consumidores nas notas finais desses cafés premiados.


Para a ABIC, essas inovações atraíram novos interessados no leilão que, por si só, já é um marketing diferenciado para as empresas brindarem seus consumidores. Entre esses novos participantes estão, por exemplo, a panificadora Durigão, de Araponga (PR). Eles possuem uma cafeteria anexa, acabam de adquirir um torrador e vão lançar em breve o Café Prelúdio. A panificadora comprou 3 sacas do produtor Eloir Inocência Nogueira de Souza, de Pinhalão (PR), arrematadas por R$ 900,00 cada, e uma saca do lote de Ceres Trindade de Oliveira Santos, de Joaquim Távora (PR), por R$ 872,00.


Outra estreante no leilão foi a cafeteria Jardins Café, que deve ser inaugurada em breve em São Paulo e que tem como proposta conseguir os melhores cafés do Brasil para aproximar produtores e consumidores. A empresa comprou uma saca do produtor Luiz Benício Santos Torres, de Itambé (BA), por R$ 900,00; uma saca do microlote do produtor Rafael Giolo, de Pedregulho (SP), por R$ 1.220,00, e uma saca do microlote do produtor Miguel Messias, de Muniz de Freire (ES), por R$ 900,00.


Também estreante no leilão da ABIC, a cafeteria capixaba Villa Januária arrematou uma saca do produtor José Alexandre Abreu de Lacerda, de Dores do Rio Preto, por R$ 1.200,00, e uma saca do microlote do produtor Miguel Messias, de Muniz Freire, por R$ 1.000,00, ambos do Espírito Santo. De acordo com a Q’Grader Cecília Nakao, a cafeteria, que funciona juntamente com uma pousada, em Dores do Rio Preto, tem o objetivo de contribuir para o reconhecimento da Indicação Geográfica dos Cafés de Caparaó. Em breve, eles lançarão um site de venda de café torrado, o “Caparaó Coffee”, e vão comercializar também os cafés adquiridos no leilão da ABIC. Os cafés são torrados na própria cafeteria.


Além dos novatos, o leilão contou também com a participação de tradicionais empresas compradoras: Café Ghini, Duetto Café, 3Corações, Suplicy Cafés Especiais, Café Excelsior, Café Caiçara e Café Cajubá.


O resultado completo do leilão pode ser acessado no portal da ABIC (www.abic.com.br).

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