Leilão da Abic tem lance três vezes maior do que valor de mercado

19 de dezembro de 2014 | Sem comentários Consumo Torrefação

São Paulo, 18 – O leilão dos lotes finalistas do 11º Concurso Nacional Abic
de Qualidade do Café – Safra 2014 foi bastante disputado, com lances, em média,
três vezes maiores do que os valores de mercado. O pregão, que teve preço mínimo
de abertura fixado em R$ 857,54 (50% acima da cotação BM&FBovespa de 2 de
dezembro), teve a participação de indústrias de torrefação e cafeterias, que
puderam formar consórcios e adquirir um lote inteiro, de 6 sacas, ou apenas 1
saca de diferentes lotes. O leilão foi realizado do dia 2 de dezembro até a
noite de terça-feira (16).


O lote do café campeão do concurso e também primeiro colocado na categoria
Cereja Descascado, cultivado pelo produtor Antônio Rigino de Oliveira em Piatã,
na Bahia, teve 2 sacas arrematadas pelo Consórcio Qualidade Brasil (formado
pelas empresas Grupo 2 Irmãos/Café Ghini, do Paraná, e pela baiana Sobesa
Indústria de Alimentos/Café Sobesa), que pagou R$ 5.000,00 por saca,
praticamente dez vezes acima da cotação do mercado. Esse foi o maior valor de
aquisição pago por saca, e as empresas conquistaram o título de Campeãs da
Categoria Ouro. As outras 4 sacas do lote foram arrematadas pela cafeteria Santo
Grão, de São Paulo, por R$ 3.980, totalizando R$ 15.920,00. Foi o maior
investimento feito em qualidade, o que garantiu para a rede Santo Grão o título
de Campeã na Categoria Diamante.


Já o microlote campeão do concurso nesta categoria, de apenas 2 sacas, com o
café produzido por Eufrásio Souza Lima em Barra do Choça, também na Bahia, foi
arrematado pela cafeteria Armazém do Café, do Rio de Janeiro, que pagou R$
2.500,00 por saca. Esse foi o maior lance por saca na categoria Microlote, o que
rendeu à rede Armazém do Café o título de Campeã da Categoria Especial.


Destaque neste leilão foi a participação da exportadora Starsantos, que
arrematou o lote do produtor José Clóvis Borges, de Divinolândia, São Paulo,
campeão na Categoria Café Natural, e o lote de Greciano Lacerda Moura, de Espera
Feliz, Minas Gerais. A empresa pagou R$ 1.350,00 por saca do lote paulista
(total R$ 8.100,00) e R$ 1.300,00 pelo café mineiro (R$ 7.800,00). Todos esses
cafés serão exportados para a China.


Promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o concurso
este ano foi disputado pelos lotes finalistas dos certames estaduais realizados
na Bahia, São Paulo, Paraná e Minas Gerais. O Espírito Santo não inscreveu seus
cafés este ano. Já o leilão teve também a participação das empresas: Café
Baronesa (MG), Supremo Arábica (SP), Piedi Rosso (PR), Café Caiçara (SP), Café
Odebrecht (PR), cafeteria Il Barista (SP) e Café do Chef (DF). A tabela com o
resultado completo do leilão pode ser acessada no site da Abic ( Clique
aqui e acesse
).


Em meados de abril de 2015, os cafés adquiridos pelas indústrias e cafeterias
chegarão aos supermercados, cafeterias e lojas gourmet, compondo a 11ª Edição
Especial dos Melhores Cafés do Brasil. Os produtos, em embalagens sofisticadas
de 250 gramas, também poderão ser adquiridos nos sites das torrefadoras e
cafeterias participantes.


Fonte: Agência Estado

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