Lavouras de café apresentam alto índice de grãos verdes em MG

17:27 07/06

Por: Último Segundo / Economia

Agência Estado

Belo Horizonte, 7 – A colheita de café nas principais regiões produtoras de Minas começa a ganhar ritmo, mas as lavouras ainda apresentam alto índice de grãos verdes. Segundo informações de cooperativas, do volume a ser colhido, cerca de 30% não atingiu o ponto de maturação. A causa seria o atraso das floradas no final do ano passado e, em função da falta de chuvas a partir de maio, boa parte dos frutos não chegará a amadurecer, o que poderá levar a um futuro defeito do grão. Algumas áreas já começam a apresentar também déficit hídrico.

Apesar de considerar que o clima tem sido favorável ao preparo do café colhido, o agrônomo da Cooperativa de Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso (Cooparaíso), Gilmar Melles, aponta que a estiagem poderá comprometer a próxima safra. O gerente do departamento técnico da Cooperativa de Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), Joaquim Goulart, revela que a falta de chuvas prejudica principalmente as lavouras novas, que ainda não possuem um sistema radicular desenvolvido.


Ele informou também que o rendimento da lavoura está baixo e os produtores têm utilizado mais de 500 litros de café em côco para uma saca de café beneficiado. Por conta da alta incidência de grão verde, segundo ele, boa parte dos produtores têm preferido a colheita seletiva para não atrasar o processo.


De acordo com o boletim mensal da Estação de Avisos Fitossanitários da Fundação Procafé, em Varginha, o índice pluviométrico do mês de maio foi de 20,8 milímetros, muito abaixo da média histórica para o mês que é de 54,9 milímetros, acarretando um déficit hídrico de 29,1milímetros, atípico para o período. A temperatura média foi de 16,7 graus, abaixo da média histórica. A evapotranspiração potencial (ETP) foi 67,8 milímetros.


Em Martins Soares, na zona da mata mineira, o boletim da Fundação Heringer/Procafé, apontou um volume de chuvas de 31 milímetros em maio, próxima à média histórica de 19 anos, de 37,0 milímetros. A temperatura média mensal de 18,2 graus foi inferior à média histórica de 12 anos de 19,6 graus. O déficit hídrico na região atingiu 11 milímetros no mês passado.

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