Meta já superada |
Graziela Reis Mesmo sem a unidade de biossegurança em funcionamento, as atividades do Lanagro-MG são intensas. Apenas no ano passado, o laboratório realizou 3,2 milhões de análises, contando as de origem animal e vegetal. O resultado foi quase 80% superior à meta traçada no início de 2005. “Representou 40% de todas as análises feitas no Brasil”, afirma o coordenador do Lanagro-MG, Ricardo Aurélio Pinto Nascimento. Para este ano, a meta também é conservadora, de 2,8 milhões de análises. Mas a expectativa é de que ela novamente será ultrapassada. Segundo Nascimento, a maioria das análises feitas no ano passado pelo Lanagro-MG foi na área de controle de produtos. Também são feitas análises preventivas e de diagnóstico. Incidências de botulismo em bovinos e caprinos, por exemplo, são analisadas em Pedro Leopoldo. “Todas as análises para a peste suína clássica também são feitas aqui”, diz. Na prática, algumas das análises mais importantes são feitas para sustentar as exportações nacionais de carne, que atendem um exigente mercado mundial que movimenta US$ 10 milhões por dia. Segundo Nascimento, em dezembro, o Ministério da Agricultura investiu R$ 37 milhões na aquisição de equipamentos que dão suporte às análises exigidas pelos países que importam carne brasileira. Desse total, R$ 16 milhões ficaram em Pedro Leopoldo. NA CAPITAL As unidades do Lanagro-MG que ficam em outros municípios mineiros também são muito atuantes. O laboratório de Belo Horizonte, por exemplo, é a unidade de referência para micotoxinas. Segundo a coordenadora técnica do Lanagro-MG, Eugênia Azevedo Vargas, que é química com mestrado em ciência de alimentos, o laboratório da capital mineira desenvolve e valida métodos analíticos para a identificação e quantificação desses micotoxinas em produtos de origem vegetal e animal. A unidade de BH ainda participa de trabalhos feitos em parceria com instituições internacionais. E um dos projetos de pesquisa do laboratório, para validação de método do programa nacional de pesquisa e desenvolvimento do café, para identificação da ocratoxina A em café beneficiado, foi premiado, em setembro, pela Association of Oficial Analitical Chemist (AOAC). A tendência é de que ele se transforme no método oficial para esse tipo de análise. |