A empresa mineira foi assumida pela canadense Lallemand e expandiu sua presença para mais de 40 países. Bioinseticidas, biofungicidas, bionematicidas, inoculantes e promotores de crescimento estão entre os produtos oferecidos.
O manejo integrado de pragas e doenças das lavouras, método que consorcia o uso de defensivos químicos e agentes de controle biológico, terá destaque no 11° Congresso Brasileiro do Algodão (11° CBA). O evento é promovido a cada dois anos pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e, em 2017, será realizado entre os dias 29 de agosto e 1° de setembro em Maceió (AL). O tema estará na pauta de discussões em diversas oportunidades no Congresso, e empresas do ramo apresentarão suas inovações tecnológicas. Dentre elas, o Laboratório Farroupilha Lallemand, com um portfólio de “biopotentes” desenvolvidos para combater naturalmente bactérias, fungos, insetos e nematoides. Seu mix de produtos também apresenta inoculantes e promotores de crescimento.
A inclusão de bactérias, fungos e vírus “do bem” no pacote de defesa fitossanitária dos cotonicultores tem sido cada vez mais recorrente, como forma de quebrar a resistência dos inimigos da lavoura aos químicos disponíveis no mercado. A demora na entrada de novos princípios ativos em circulação, em virtude do atual modelo de registro de produtos no país, gera perda de eficiência e onera os custos de produção. “Com os biopotentes, não queremos substituir os químicos, mas aumentar a sua vida útil”, explica o gerente comercial do Laboratório Farroupilha Lallemand, Stanis Bombonato, segundo quem, a chave do combate estratégico está no manejo.
“Os químicos, sozinhos, não estavam dando conta do grande número de pragas e doenças das lavouras. Os produtos biológicos entram no receituário como armas adicionais. São inovações seguras e sustentáveis, com certificação internacional, que trazem excelentes resultados”, afirma Bombonato. O Laboratório Farroupilha foi fundado há dez anos, em Minas Gerais, e hoje está sob o controle da multinacional canadense Lallemand, presente em mais de 40 países. No Congresso Brasileiro do Algodão, a empresa vai apresentar em torno de dez produtos para os problemas do algodoeiro e de outras culturas, como o mofo branco, a fusariose e a rizoctoniose. “Nossa expectativa é sempre muito boa, porque o CBA é promovido pela Abrapa, uma das mais atuantes e organizadas associações de classe do setor agrícola brasileiro. Somos parceiros do evento há várias edições e a confiança sempre se renova”, afirma o gerente.
Para o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, o momento é de aumento de demanda por soluções inovadoras para os problemas da cotonicultura. “Não por acaso, escolhemos como tema do evento o binômio inovação e rentabilidade, e a participação de empresas como o Laboratório Farroupilha Lallemand no CBA vem ao encontro disso. Temos trabalhado, na Câmara Temática de Insumos da Agropecuária do Mapa (CTIA), para apresentar alternativas ao Governo Federal para tornar mais célere o registro de novos defensivos químicos no país, tornando o Brasil mais competitivo no mercado mundial. Hoje, um produto novo leva em torno de oito anos para ser registrado no país, trazendo graves riscos para a defesa fitossanitária nacional. O controle biológico contribui para aumentar a vida útil dos produtos que estão disponíveis. Não são substitutos, mas aliados, e muito bem-vindos”, conclui o presidente da Abrapa.