Quem vê nas gôndolas dos supermercados os diversos produtos da La Pastina nem imagina que tudo começou com um simples armazém na Rua Santa Rosa, no Brás, fundado em 1947 por Vicente La Pastina e mais um sócio, que vendia apenas cebola, batata e especiarias.
Impulsionado pelo crescimento de São Paulo, Vicente passou a importar conservas e outras especiarias em 1950, sempre dando destaque aos produtos italianos, já que Vicente é filho de imigrantes. Dez anos depois, o Armazém La Pastina exportava cereais. Em 1978, seu filho mais novo, Celso, assumiu o cargo de diretor comercial da empresa. Até 1980, a La Pastina era dedicada aos ingredientes de luxo, como lentilha, grão-de-bico e bacalhau, diz Celso.
Em 1985, a importadora ganhou notoriedade pelos vinhos ao trazer para o País rótulos do francês Maurice Granier. No fim da mesma década, a La Pastina mudou de endereço – foi para a Rua da Alfândega, onde funciona até hoje – e a filha mais velha de Vicente, Vera, entrou como diretora administrativa.
A abertura das importações, em 1990, foi um divisor de águas para a empresa. Passamos a importar de tudo, da mercearia seca à parte refrigerada (queijos e embutidos, que hoje não são mais importados pela La Pastina). Fomos os primeiros a trazer arroz de risoto, massa e mortadela italianos, além do queijo grana padano e o vinagre balsâmico para o Brasil, conta Celso.
Os produtos de marca própria chegaram na mesma época. O primeiro foi um pêssego em calda grego, lembra o diretor. Em 1999, foi aberta a World Wine, ampliando assim o catálogo de vinhos – best-sellers até hoje. Vendemos também muita massa, atomatados, azeite, vinagre balsâmico, café e arroz negro, revela Celso.
Para comemorar os 60 anos da La Pastina – que hoje conta com 350 funcionários, 500 itens importados, sendo 100 deles com marca própria, além dos 1.200 exemplares de vinhos da World Wine, todos exclusivos – os rótulos dos produtos da marca ganharão visual mais moderno (com o logotipo reformulado e contendo o ano de inauguração). As novas embalagens devem chegar aos supermercados em dois meses.
Outra novidade é a inauguração de um centro de distribuição com quase 9 mil m2 (com capacidade para armazenar 550 mil caixas de vinho), que terá uma sala climatizada para até 80 mil caixas de vinho. Entre os planos futuros do empresário estão ainda a internacionalização da marca e até trabalhar com o café da produção às cafeterias. Quero fazer como fazem marcas como Illy e Lavazza, revela La Pastina.