03-06-2013
Cela – Pelo menos 80 mil toneladas de café Amboim e Arábica serão produzidas nos próximos cincos anos na província do Kwanza Sul, no quadro do projecto relançamento e revitalização da cafeicultura implementado pelo Instituto Nacional do Café (Inca).
A informação foi prestada pelo director do Instituto, José Ferreira, à margem do fórum do sector produtivo e empresarial do Kwanza Sul, encerrado sábado na cidade do Waku Kungo, município da Cela.
Orçado em 8 biliões de kwanzas, o programa vai ocupar uma área de produção de 120 mil hectares e vai garantir emprego a 120 mil produtores, capacitados neste domínio e quatro mil e 279 técnicos bem como sustento a 600 mil famílias.
As principais áreas de cultivo são os municípios do Amboim, Quilenda, Conda, Seles, Kassongue e Libolo.
O responsável disse ainda que o café de Angola tem aceitação em mercados da China, Rússia e do Médio Oriente.
O INCA regista, actualmente, devido a baixa produção uma fraca oferta que ronda os 24 milhões a 28 milhões de sacos/ano contra uma procura de 38 milhões de sacos/ano.
Por este facto, disse ser aposta do Executivo aumentar a produção e melhorar a qualidade, armazenamento e transportação, fornecimento de insumos, máquinas e equipamentos, comercialização, exportação, estabelecimento de indústrias de torrefacção e moagem.
Acrescentou ser pretensão do executivo investir na transformação do produto, melhorando os métodos de secagem, para que os produtores angolanos tenham mais rendimentos com a instalação de fábricas em território nacional.
“Os países que mais ganham com o café são a Itália e a Alemanha porque eles compram o café ainda verde e depois de industrializado o produto é mais rentável. Só há uma saída para isso: a instalação de fábricas em território nacional” – frisou.
Com o projecto, o executivo vai promover a diversificação da economia com a recuperação das áreas cafeícolas abandonadas, criando condições para o desenvolvimento sustentável, abrangendo aspectos sociais económicos e ambientais.