JORNALISTAS DO EQUADOR E BOLÍVIA VISITAM EMBRAPA CERRADOS

A Embrapa Cerrados (Planaltina – DF), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, está ajudando a derrubar alguns mitos sobre o Brasil. A visão de que o país é um destruidor de florestas, e não se preocupa com o aumento sustentável da produção de carne e grãos, é um deles. Cinco jornalistas sul-americanos, sendo dois do Equador e três da Bolívia, conheceram na manhã desta quarta-feira (23) as tecnologias do estresse hídrico do café, integração lavoura-pecuária e zoneamento agroclimático durante visita à Embrapa Cerrados.

O grupo de jornalistas, acompanhado de três representantes do Ministério das Relações Exteriores (MRE), está visitando o país como membros do Programa Formadores de Opinião, uma iniciativa do MRE para apresentar a realidade brasileira a profissionais de comunicação e diplomacia do exterior.

Segundo Patrícia Barbosa Côrtes, chefe do setor de divulgação da Embaixada do Brasil em La Paz, a comitiva está visitando diversas “empresas com o mesmo padrão de eficiência”. Após a passagem por Brasília, onde visitaram também o Inmetro e a Fiocruz, os jornalistas seguem para São José dos Campos (SP), cidade sede da Embraer.

A visita à Embrapa Cerrados teve início com a palestra “O Potencial Agrícola do Cerrado Brasileiro e o Programa de Pesquisa da Embrapa Cerrados”, ministrada pelo chefe-geral Roberto Teixeira Alves. Após a apresentação, a comitiva visitou o laboratório de biofísica ambiental e os experimentos com café irrigado no campo.

O pesquisador Edson Sano, responsável pelas pesquisas com sensoriamento remoto na Embrapa Cerrados, explicou o zoneamento agroclimático para cultivo da soja e o levantamento de áreas remanescentes de Cerrado via satélite. Os jornalistas também conheceram o estudo de detecção de impurezas e misturas em café torrado e moído para verificar a ocorrência de fraudes.

Durante a visita ao campo, Alves salientou que a tecnologia para uniformização da florada do cafeeiro aumenta a produtividade em 15%, possibilita economia de 40% com água e gastos com energia 40% menores. “Os grãos uniformes melhoram a qualidade da bebida e o produtor aumenta sua margem de lucro por diminuir o custo de produção e por conseguir vender o café por valor maior”, complementa.

Para o jornalista boliviano Maurizio Quiroz, coordenador da agência de notícias FIDES, a visita coloca abaixo alguns mitos ambientalistas sobre o Brasil. “Esta tecnologia do café rende notícias, assim como saber que 61% do Cerrado mantêm a vegetação nativa”, comenta.

Katherine Mendoza, editora do jornal El Universo, de Guayaquil, destacou a importância de conhecer novas tecnologias num país que possui acordos de cooperação técnica e relações comerciais com o Equador. Completam o grupo os jornalistas Ana Karina López, editora da revista Vistazo, de Quito; Grover Yapura, chefe de redação do jornal La Razón, de La Paz; e Roberto Dotti, chefe de informação do jornal EL Deber, de Santa Cruz de la Sierra.

Após conhecer algumas das tecnologias desenvolvidas pela Embrapa Cerrados, a comitiva seguiu para o Centro Cultural Banco do Brasil, onde visitaria a exposição “Aleijadinho e seu tempo”. “Temos o cuidado de inserir uma programação cultural, quando eles estiverem em São Paulo, irão ao MASP”, complementa Thiago Padua, terceiro secretário do MRE.