O Brasil deve fechar fevereiro com reservas internacionais na marca gloriosa de US$ 100 bilhões. Nesta sexta-feira, elas se aproximaram de US$ 99 bilhões, e logo chegam lá, mantendo o Banco Cental seu ritmo de compras diárias, de US$ 500 milhões.
Com a ressalva: reserva maior em dólares significa dívida maior em reais.
É que, para comprar dólares no mercado flutuante, diariamente o Banco Central injeta reais com a mão direita e recompra esses reais com a mão esquerda, vendendo títulos da dívida pública.
Nas reservas, ele ganha lá fora de 3% a 5% ao ano.
Na dívida, aqui dentro, ele paga de 14% a 17% ao ano.
Nada contra.
As reservas fazem a blindagem do país contra choques externos de qualquer natureza. Portanto, essa troca de ativo barato por dívida cara é o preço que se paga pela blindagem.
É o custo interno de resseguro externo.
E mais: sem a ampliação das reservas, o dólar estaria hoje abaixo de R$ 1,70, desorganizando os fundamentos da economia brasileira.
(23/02/2007)
Fonte: http://www.joelmirbeting.com.br/noticias.asp?IdNews=28867&IdgNews=2