Do G1 Sul de Minas
Um levantamento da Fundação Procafé de Varginha (MG) apontou que, em janeiro, choveu apenas 47% do esperado para o mês no Sul de Minas. No período, a precipitação média foi de 126 milímetros na região, porém o normal seria em torno de 270 milímetros de chuvas. Além disso, a temperatura ficou dois graus acima da média histórica para a região, que é de 22,5º C.
"O déficit acumulado contabilizando os meses de dezembro e janeiro, quando tivemos uma estiagem de 30 dias, fica em torno de 20 milímetros. O normal seria que ao chegarmos ao fim de janeiro, nós tivéssemos 100 milímetros de armazenamento", explica Rodrigo Naves Paiva, engenheiro agrônomo da Procafé.
Essa alteração causou prejuízos principalmente para a produção de café, retardando o desenvolvimento dos frutos e causando danos irreparáveis nas lavouras, como a queima das folhas dos pés de café provocada pelo calor excessivo. "Essa falta de chuvas e alta temperatura atrapalharam o desenvolvimento dos frutos [do café] e também o desenvolvimento dessas plantas para o próximo ano. Isso prejudicou [muito], alguns frutos caíram em excesso", completa o engenheiro.
Chuvas abaixo da média e altas temperaturas prejudicaram lavouras de café (Foto: Reprodução EPTV)
Paiva disse ainda que os produtores contam com a volta das chuvas em fevereiro para que as safras sejam recuperadas, ou ao menos, não aumentem os prejuízos. "Agora com o retorno das chuvas, [o produtor] consegue fazer os tratos culturais normais, principalmente a adubação, e a planta bem nutrida, ela consegue segurar mais essa produção", finaliza.