Tweet A Jacto realizou nesta terça-feira (14/4) o pré-lançamento de sua nova máquina colhedora de café. A cerimônia que marcou a divulgação da nova tecnologia foi na sede da empresa, no município de Pompeia (SP). Segundo a direção comercial, o lançamento oficial será feito na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).
O conceito da empresa com a nova máquina é de multiuso. Além da colheita, o equipamento poderá ser usado em outras etapas do manejo da lavoura, como a pulverização e a poda. Inicialmente, estará disponível apenas o sistema de colheita. Os demais ainda estão em fase de desenvolvimento e devem estar no mercado nos próximos anos.
Conforme a Jacto, a máquina entra em lavouras tradicionais e adensadas, com espaçamento de até 2,5 metros entre as linhas. Ainda de acordo com a companhia, o equipamento tem o sistema de derriças com 10% mais de capacidade, além de possibilitar a descarga do café colhido sem interrupção do trabalho.
“Ela é 20% mais produtiva que o nosso modelo anterior”, garante o gerente de produto da Jacto, Walmi Martins, fazendo uma referência à K3, que teve sua primeira versão lançada em 1979.
O novo modelo chega ao mercado em um momento de incerteza e preocupação em relação a fatores importantes para o setor agropecuário, entre os quais os encargos do crédito rural para a nova safra. A tendência já sinalizada pelo próprio governo federal é de que as taxas de juros deverão ser maiores para o ciclo 2015/2016.
Na semana passada, em audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, André Nassar, disse que as taxas de juros para o próximo Plano Safra podem aumentar em até 2 pontos percentuais. E avaliou que se ficarem entre 7,5% e 8,5% ao ano, ainda será um nível adequado para o produtor.
No final de março, o Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou elevação das taxas de juros dos financiamentos de máquinas e implementos agrícolas por meio da linha de crédito Moderfrota. As taxas passaram a variar de 4,5% a 7,5% ao ano para tomadores com renda ou receita operacional inferior a R$ 90 milhões. Para faixa acima de R$ 90 milhões, as taxas chegam a 9%. As mudanças passaram a vigorar a partir de 1º de abril.
“Ajuste em termos de juros é normal, devido ao aumento dos juros gerais no país, mas não faltarão recursos para implementar a safra agrícola”, comentou, na ocasião do anúncio, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, de acordo com o divulgado pela pasta.
Fonte: Globo Rural/RAPHAEL SALOMÃO