Diante das incertezas climáticas e das novas demandas do setor cafeeiro, a irrigação tecnificada se consolida como uma ferramenta essencial para garantir a estabilidade da produção
Nos últimos anos, a cafeicultura brasileira tem enfrentado desafios cada vez maiores devido às mudanças climáticas, à irregularidade de chuvas e ao aumento das temperaturas. Nesse contexto, a irrigação tem deixado de ser apenas um recurso complementar para se tornar um fator estratégico no planejamento da produção. Durante a Fenicafé 2025, o Prof. Dr. Otávio Neto, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), destacou os avanços tecnológicos na irrigação do cafeeiro e suas implicações para o aumento da produtividade.
Segundo o especialista, a irrigação do cafeeiro passou por uma grande evolução nos últimos anos. O que antes era uma prática pontual, hoje é parte fundamental do sistema produtivo. Tecnologias como o gotejamento têm possibilitado uma aplicação precisa de água e nutrientes diretamente na zona radicular da planta, o que melhora a eficiência e reduz perdas por evaporação. “Em algumas regiões, o gotejamento enterrado tem sido adotado como uma solução ainda mais eficiente em termos de economia hídrica e controle fitossanitário”, explicou Otávio Neto.
Outro grande avanço apontado pelo professor é o uso de sensores de umidade do solo e estações meteorológicas integradas a softwares de monitoramento. “Essas ferramentas automatizam a irrigação com base nas condições reais da lavoura, permitindo ao produtor aplicar a quantidade exata de água no momento certo”, afirmou. O uso dessas tecnologias não apenas melhora a produtividade, mas também contribui para a sustentabilidade, evitando desperdício de recursos hídricos.
Além disso, a adoção de drones e imagens NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada) tem permitido aos produtores monitorar variações no vigor das plantas. “Com esses dados, é possível fazer ajustes precisos na irrigação e na adubação, garantindo uma produção mais equilibrada e eficiente”, completou.
Diante das incertezas climáticas e das novas demandas do setor cafeeiro, a irrigação tecnificada se consolida como uma ferramenta essencial para garantir a estabilidade da produção. “Com planejamento e uso adequado da tecnologia, podemos minimizar os impactos da irregularidade climática e melhorar os resultados da lavoura”, finaliza Otávio Neto.
Para mais detalhes da palestra, assista ao vídeo completo disponível no nosso YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=4Zp3TbeWRLs
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