Em busca de melhores resultados de produtividade e mitigação de custos, a agricultura tem empregado inúmeras inovações tecnológicas desde o plantio até a comercialização.
Entre as novidades, os sistemas de dados e inteligência artificial têm se destacado na missão de colaborar com uma atividade cada vez mais precisa e eficiente. Nesse contexto de agricultura 4.0, a empresa líder em irrigação por gotejamento, desenvolveu o primeiro sistema de irrigação com cérebro.
Mas o que significa uma irrigação com cérebro? Na prática quer dizer que uma plataforma é capaz de controlar, automatizar e oferecer recomendações de manejo, de forma prática, rápida, segura e eficiente. Todas essas funcionalidades já existem e estão presentes no software NetBeat, da multinacional israelense Netafim/Amanco.
A solução inédita, tem como grande diferencial a junção de todas funções em uma única plataforma, que pode ser acessada por desktop, tablets e smartphones. “Funciona assim, acessando o programa o produtor consegue visualizar tudo que está acontecendo na propriedade rural naquele momento, e o que está programado para as próximas semanas. Ele também tem acesso a dados de clima, previsão de tempo, condições do solo e desenvolvimento das plantas”, explica o Gerente de Digital Farming da Netafim/Amanco, Bruno Toniello.
Os dados locais são captados por sensores espalhados no campo. Eles enviam as informações em tempo real para o sistema, e com base nelas, a tecnologia de inteligência artificial faz o cruzamento com modelos de cultivo dinâmicos dispostos na nuvem, para disponibilizar relatórios e recomendações de manejo. Assim, o produtor rural tem uma informação segura, que o ajudará nas tomadas de decisão.
Além disso, as recomendações também servem como ferramenta para mitigar custos e elevar as produtividades. “Sabendo exatamente, quanto, quando e onde irrigar, as aplicações de água e nutrientes são muito mais eficientes e evitam possíveis desperdícios. Além do mais, sabemos que a falta de água prejudica o desenvolvimento pleno das plantas, mas o excesso dela também é danoso. Portanto, disponibilizar todos os insumos na quantidade correta é mais sustentável tanto quando falamos de relação com o meio ambiente, quanto economicamente”, acrescenta Toniello.
Combinado ao sistema de irrigação por gotejamento, a tecnologia permite otimizar a utilização de água na fazenda, já que a plataforma indica o período e a quantidade correta de cada aplicação. Esse fator também se aplica a outras necessidades, como energia elétrica e insumos, que também só são acionados de acordo com as necessidades das plantas.
Além disso, a possibilidade de o projeto de irrigação ser segmentado por talhões, ajudando na precisão com que todos os recursos são utilizados. “O sistema é dividido em vários setores, então por exemplo, se apenas uma parcela da lavoura está apontando maior necessidade de água e nutrientes, o operador consegue programar a irrigação para aquele setor específico”, acrescenta o Gerente. “Dessa forma, estamos otimizando e garantindo que as plantas se desenvolvam adequadamente, para expressar todo seu potencial produtivo”, finaliza.
A inovação também vem de encontro as necessidades frequentes do campo, de verticalizar a produção de alimentos. Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), em pouco mais de duas décadas, o mundo terá nove bilhões de pessoas, um acréscimo de dois bilhões à população, que pressionará ainda mais os recursos naturais do planeta, obrigando o campo a combinar eficiência e produtividade. De acordo com o levantamento, nesse cenário só o consumo de água aumentará 30%. Haverá necessidade de produzir 50% a mais de alimentos, e a oferta de energia terá de crescer 45%.