As vendas de café industrializado no mercado interno têm surpreendido representantes do setor. Conforme dados recentes da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), de janeiro a maio houve crescimento de cerca de 15% nas vendas. A estimativa é apurada com base em um índice 100, a partir de junho de 2003. O crescimento em maio foi de 9,4% em relação a abril, embora seja preciso considerar que abril teve menos dias úteis. Na comparação com maio de 2008, o aumento das vendas é de 20,8%, mas a Abic pondera que em maio do ano passado o número de empresas pesquisadas era menor do que o atual (60 torrefadoras).
“Os resultados surpreendem porque a projeção inicial é de crescimento de 3% em 2009, levando em conta a insegurança que existe com relação aos rumos da crise internacional”, diz o diretor executivo da Abic, Nathan Herszkowicz. Ele acrescenta que uma das principais razões do aumento das vendas é que o frio chegou mais cedo este ano, elevando o consumo de café. Além disso, grandes empresas do setor, que fecham balanço em junho, procuram acelerar o ritmo de negócios, se ajustando ao cumprimento de metas.
Nesse sentido, Nathan observa que ao longo do segundo semestre o ritmo de vendas pode cair, “e o ano não deve fechar com crescimento de 15% obtido no primeiro semestre”. Apesar o resultado positivo no faturamento, Nathan comenta que o setor de torrefação está com margens muito baixas, ou até negativas em muitos casos. “A rentabilidade da indústria está baixa. O aumento das vendas não implica necessariamente em aumento de lucro. Mais volume vendido apenas atenua o problema da rentabilidade”, disse.
De acordo com o diretor executivo da Abic, os preços do café nas gôndolas de supermercados mantiveram-se praticamente inalterados nos últimos três anos, enquanto os custos subiram. Segundo ele, o preço pago ao produtor de café não evolui, mas a cotação do produto também não sobe no varejo. Nathan informa que em 15 anos de Plano Real estima-se que o índice de inflação tenha subido cerca de 244%, enquanto o valor da cesta básica, na qual o café está incluído, avançou cerca de 252% no período.
03/07/2009 – As vendas de café industrializado no mercado interno têm surpreendido representantes do setor. Conforme dados recentes da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), de janeiro a maio houve crescimento de cerca de 15% nas vendas. A estimativa é apurada com base em um índice 100, a partir de junho de 2003. O crescimento em maio foi de 9,4% em relação a abril, embora seja preciso considerar que abril teve menos dias úteis. Na comparação com maio de 2008, o aumento das vendas é de 20,8%, mas a Abic pondera que em maio do ano passado o número de empresas pesquisadas era menor do que o atual (60 torrefadoras).
“Os resultados surpreendem porque a projeção inicial é de crescimento de 3% em 2009, levando em conta a insegurança que existe com relação aos rumos da crise internacional”, diz o diretor executivo da Abic, Nathan Herszkowicz. Ele acrescenta que uma das principais razões do aumento das vendas é que o frio chegou mais cedo este ano, elevando o consumo de café. Além disso, grandes empresas do setor, que fecham balanço em junho, procuram acelerar o ritmo de negócios, se ajustando ao cumprimento de metas.
Nesse sentido, Nathan observa que ao longo do segundo semestre o ritmo de vendas pode cair, “e o ano não deve fechar com crescimento de 15% obtido no primeiro semestre”. Apesar o resultado positivo no faturamento, Nathan comenta que o setor de torrefação está com margens muito baixas, ou até negativas em muitos casos. “A rentabilidade da indústria está baixa. O aumento das vendas não implica necessariamente em aumento de lucro. Mais volume vendido apenas atenua o problema da rentabilidade”, disse.
De acordo com o diretor executivo da Abic, os preços do café nas gôndolas de supermercados mantiveram-se praticamente inalterados nos últimos três anos, enquanto os custos subiram. Segundo ele, o preço pago ao produtor de café não evolui, mas a cotação do produto também não sobe no varejo. Nathan informa que em 15 anos de Plano Real estima-se que o índice de inflação tenha subido cerca de 244%, enquanto o valor da cesta básica, na qual o café está incluído, avançou cerca de 252% no período.