05/02/2010
A produção industrial do Paraná avançou 5,9%, em dezembro do ano passado em relação a novembro, obtendo o melhor resultado entre todos os Estados. Em relação a dezembro de 2008, o avanço foi de 28,2%. Os dados foram divulgados, nesta sexta-feira (5), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Os setores que mais avançaram em relação a dezembro do ano anterior foram: veículos automotores (110%), edição, impressão e reprodução de gravações (99,7%) e máquinas e equipamentos (45,3%). Já os setores com maiores quedas foram madeira (-16,4%), minerais não metálicos (-2,4%) e refino de petróleo e álcool (-1,8%).
De acordo com o pesquisador Fernando de Lima, do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), os dados de dezembro confirmam a expectativa de recuperação da indústria paranaense, que avançou significativamente no último trimestre do ano. Para o secretário estadual da Indústria, Comércio e Assuntos dos Mercosul, Virgílio Moreira Filho, medidas adotadas pelo governo estadual garantem a sustentação do crescimento industrial no Paraná.
INCENTIVOS – “Desde 2003, o conjunto de decretos disciplinadores dos incentivos fiscais, assinados pelo governador Roberto Requião, permite a atração de investimentos, além da geração de postos de trabalho e aumento da produção industrial das empresas instaladas”, afirmou Virgílio. O Governo do Estado já concedeu, às indústrias instaladas no Paraná, benefícios fiscais acima de R$ 3,26 bilhões, desde 2003. Até o fim do ano passado, chegou a 91 o total de empresas atendidas pelo programa Bom Emprego. Os novos investimentos estão em 43 municípios.
No acumulado do ano, a taxa do crescimento da indústria foi de -2,1%. Este resultado, apesar de negativo, está acima do índice nacional de -7,4%, e foi o segundo melhor entre os Estados, ficando atrás apenas de Goiás (0,0%), mas à frente Santa Catarina (-7,8%) e Rio Grande do Sul (-7,2%), São Paulo (-8,4%), Rio de Janeiro (-3,8%) e Minas Gerais (-13,1%).
No Paraná, os setores que tiveram crescimento no acumulado do ano foram edição, impressão e gravações (78,9%), outros produtos químicos (20,5%), bebidas (3,4%) e minerais não-metálicos (2,4%). Os setores com variações negativas foram aqueles com maior vínculo com o mercado externo, como veículos automotores (-27,3%) e madeira (-22,7%). Ainda segundo Lima, à medida que ocorrer a recuperação da demanda externa, espera-se uma normalização das atividades nestes setores exportadores.
BARRACÕES – Outra medida que favorece a descentralização industrial e gera empregos em todo o Estado são os barracões industriais, financiados pelo Governo do Paraná. Até dezembro, chegava a 200 barracões financiados e 164 barracões constituídos com investimentos de R$ 30,4 milhões. Distribuídos em 76 municípios paranaenses, as empresas instaladas nos barracões faturam cerca de R$ 200 milhões por ano.
“Os barracões superam a marca de 6.700 empregos diretos e 8.800 indiretos. É um exemplo direto de políticas públicas que promovem o progresso do Paraná”, explica Virgílio Moreira Filho.