Tradicionalmente caracterizado pela sua variedade culinária, o São João na Bahia desponta como um período propício também para a atuação das indústrias do setor de alimentos, cenário motivado pelo incremento na venda de produtos típicos. Na avaliação da proprietária da Moinho Tabajara – unidade que há 60 anos atua na fabricação de farinha de milho e seus derivados -, Rosa Alice Azevedo Gomes, as comemorações juninas respondem por um dos períodos mais importantes na atividade da indústria alimentícia, em especial, àquelas situadas no interior do estado.
“Para este ano, em comparação ao resultado obtido no São João do ano passado, esperamos um crescimento de 15% na comercialização de nossos artigos”, explica. De acordo com a empresária, que atende às principais cidades baianas, o destaque nas vendas ficará por conta do creme de milho, item amplamente disputado nessa época, juntamente com outros gêneros ligados à farinha do grão, em função da variedade de pratos produzidos a partir desse material, a exemplo do mingau e do cuscuz.
Conforme explica, a presença de variadas iguarias na mesa do baiano, durante os festejos juninos, termina estimulando ainda mais a fabricação e o aumento da produção de outros itens à base de milho. “Como resultado desse contexto, vamos ter um aumento considerável na saída de itens como canjica e xerém – que também é um tipo de canjica, mas com uma granulação bem menor”, afirma. Localizado em Feira de Santana, o Moinho Tabajara – empresa que se destaca ainda na elaboração de café moído – conta atualmente com 55 funcionários, contingente que acaba tendo que adotar um novo ritmo de trabalho em decorrência do crescimento das encomendas para o São João. Segundo a proprietária Rosa Alice, na época junina o horário de trabalho na empresa é ampliado, medida necessária para atender o crescimento na demanda. Entre as ações está o aumento no tempo de atividade durante os finais de semana.