Com produto brasileiro mais competitivo, importação da Indonésia avançou mais de 400% e quase 30% para o Vietnã
Por Notícias Agrícolas
Os preços do robusta disparam, Vietnã e Indonésia, primeiro e terceiro maior produtor deste café no mundo, participam menos deste mercado. Os dois países têm a produção afetada em decorrência das condições climáticas adversas, escolhem participar do mercado a passos lentos e vêm comprando bastante conilon do Brasil. O país exportou mais de 1 milhão de sacas no mês passado, o que significa uma evolução de 531,4% no período.
De acordo com os dados mais recentes do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), as duas origens avançaram de força significativa com a importação de cafés do Brasil nos dois primeiros meses de 2024 em comparação com o mesmo período no ano passado.
A Indonésia, por exemplo, comprou 415% a mais de cafés do Brasil no período, com a aquisição de 36.732 sacas contra as 7.132 sacas compradas em 2023. No caso do Vietnã, o volume saltou de 13.991 sacas para 17.665, o que representa alta de 26,3% no período.
Haroldo Bonfá, analista da Pharos Consultoria, afirma que o Brasil foi e continuará mais competitivo que as demais origens produtoras, podendo inclusive atrair mais vendas para esses países. “Continuaremos competitivos até a entrada da nova safra da Indonésia que a começa ser colhida agora entre abril e maio e também vamos depender da perspectiva da nova safra do Vietnã, a 24/25, que será colhieta entre outubro e janeiro de 2025”, afirma.
Outro fator importante, segundo o analista, é a chance de um novo La Niña levar mais chuva para a o Vietnã. Diferente do Brasil, o fenômeno climático pode levar mais chuva para o país e ajudar no desenvolvimento de uma safra mais positiva.
Marcos Matos, CEO do Cecafé, destaca a importância da representatividade do Brasil neste mercado, sobretudo as parcerias comerciais com outros países produtores. “O Brasil consegue colocar seu produto e exportar para os mais diversos eficientes mercados do mundo. Tanto que dos 10 principais compradores de café do Brasil, todos apresentaram crescimento”, pontua.
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