O programa – já em fase de experimentação – permite o acompanhamento e a validação das técnicas de produção, da sustentabilidade do uso das terras, e do monitoramento do ciclo de vida dos produtos. As pesquisas estão apoiadas em geotecnologias e monitoramento por satélite, e o projeto piloto está direcionado para a produção de cana. No futuro, deve se estender para outras cadeias produtivas (soja, laranja, café, pecuária de corte, etc).
Coordenado pelo professor Evaristo Eduardo de Miranda, da Embrapa Monitoramento por Satélite, em parceria com o Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade (Depros) da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC) do Ministério da Agricultura, o projeto será apresentado oficialmente durante a II Conferência Internacional sobre Rastreabilidade de Produtos Agropecuários, que será realizada em Brasília, de 10 a 12 de abril.
O IS atende às crescentes exigências dos compradores externos de produtos primários do Brasil. A partir do próximo ano, quando implantado, obedecerá regras simples, por ser declaratório, voluntário e obtido por um período determinado. Para os técnicos, o grande atrativo econômico para a produção sustentável é a busca do lucro. E isto, eles garantem, será obtido pela redução de custos, agregação de valor, obtenção de novos mercados e a garantia de sobrevivência a longo prazo.
O que é – O índice de sustentabilidade é um instrumento de mercado e significa não só a incorporação de estratégias de negócio para agregar valor ao produto como o aumento da credibilidade junto aos consumidores. A agregação de valor passa pelo desenvolvimento tecnológico limpo, minimizando resíduos e emissões na fonte.
O índice é o resultado de uma série de indicadores de sustentabilidade social, econômica e ambiental, e atestará determinadas qualidades do processo produtivo, bem como o atingimento de um número de metas de desempenho.