As exportações da nova safra de café arábica da Índia estão em somente 20% do que estavam no mesmo período do ano anterior, disse o presidente da Associação de Exportadores de Café da Índia, Ramesh Rajah. Ele estimou que somente 4 mil toneladas da nova colheita de arábica foram recebidas para exportação, comparado com cerca de 20 mil toneladas na mesma época do ano passado. O problema agora, disse ele, é o atraso nas chegadas da nova colheita de arábica por causa das fortes chuvas nas principais áreas de produção do país nas últimas semanas.
Segundo Rajah, os preços domésticos estão em 7 centavos por libra maior do que o nível internacional. “Consequentemente, o principal mercado da Índia, a Europa Ocidental, está buscando arábicas de outras origens, como América Central. Foram feitos alguns envios da nova colheita de arábica para o oeste da Ásia. Entretanto, com o clima melhorando nos últimos dias em nossas regiões produtoras de café, espero que as chegadas de arábica aumentem até o final de dezembro para uma extensão onde possa haver maior paridade entre os preços na Índia e os preços internacionais. Isso poderia aumentar os envios de arábica para nossos principais mercados da Europa Ocidental”, afirmou.
Os problemas anteriores de volatilidade dos preços internacionais do café seguida pela confusão nos mercados financeiros mundiais deram uma acalmada. Ramesh espera que os preços do arábica, que são avaliados pelo fechamento diário na Bolsa InterContinental (ICE) de Nova York, deverá se estabilizar entre 105 e 115 centavos por libra para os futuros de março. Isso deverá ser um alívio para o comércio internacional de café, que têm visto os futuros caindo desde 15 de setembro, quando a Lehman Brothers, que tinha uma grande posição no mercado, entrou em falência.
Outra boa notícia é que a nova colheita de robusta da Índia deve começar no início de janeiro, antes do usual. Além disso, com a previsão de redução na colheita brasileira, o comércio internacional de café deverá se recuperar, deixando as incertezas para trás. A reportagem é do The Economic Times.