Novas discussões sobre a possibilidade de importação de café robusta (conilon) pelo Brasil do Vietnã devem ser realizadas nesta terça-feira (7) pelo MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços).
07/03/2017 – Novas discussões sobre a possibilidade de importação de café robusta (conilon) pelo Brasil do Vietnã devem ser realizadas nesta terça-feira (7) pelo MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços). Está na agenda do ministro da pasta, Marcos Pereira, duas reuniões para hoje, uma com o presidente do CNC (Conselho Nacional do Café), Silas Brasileiro, e outra com o presidente da ABICS (Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel), Pedro Guimarães Fernandes.
A informação consta na agenda do ministro no site do MDIC e foi confirmada pela assessoria de imprensa do órgão, por telefone. Pedro Guimarães também confirmou mais cedo à agência de notícias Bloomberg o encontro, que está marcado para as 17h30. A indústria de café solúvel utiliza basicamente a variedade robusta em seus produtos.
No fim de fevereiro, o presidente Michel Temer decidiu suspender provisoriamente a autorização de importação de café robusta, inédita até então na história do Brasil. A medida, que chegou a ter portarias publicadas pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), foi revista após parlamentares e produtores de café apresentarem ao governo dados apontando estoques de café suficientes para abastecer o mercado nacional e que a medida seria prejudicial a todos.
Levando em conta o pedido do setor produtivo e a demanda da indústria, a proposta do Ministério da Agricultura era de liberar a importação de um milhão de sacas, com distribuição mensal de 250 mil sacas de fevereiro a maio. Para isso, o café seria incluído na lista de exceção da TEC (Tarifa Externa Comum), até o limite de um milhão de sacas, com alíquota de 2%. Acima desse limite, a alíquota de exportação, que hoje é de 10%, sobe para 35%.
No momento, a importação da variedade pode ser realizada pelas indústrias do país, mas com uma pré-aprovação do Mapa.
Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas