O consumo de café na China pode crescer para 250 mil a 300 mil toneladas nos próximos 10 a 15 anos, com o aumento de renda da maior população do mundo, disse o presidente de uma das principais torrefadoras italianas, a Illy.
Em uma sociedade mais acostumada a beber chá, isso representaria um aumento de cerca de seis vezes, comparado com estimativas de analistas para a demanda de 2006. Mas o volume ainda é apenas uma fração da produção mundial de mais de 7 milhões de toneladas.
“Isso pode acontecer, digamos, dentro de 10 a 15 anos se seguir a mesma evolução de mercado que já aconteceu no Japão, na Coréia e em Taiwan, onde o café levou uma geração para se desenvolver em termos de consumo”, disse Andrea Illy, presidente-executivo da Illy.
Illy estima que consumidores chineses atualmente bebem uma média de quatro xícaras por ano por pessoa. Isso é pouco se comparado a 100 xícaras per capita em Taiwan, que tem 23 milhões de pessoas, e 370 no Japão, com 127 milhões de pessoas, o qual, segundo ele, é agora o terceiro maior consumidor de café do mundo.
“Há uma empírica e muito clara relação entre crescimento de renda disponível e crescimento no consumo de café”, disse Illy, apontando o crescimento anual de 10% da China.
O consumo de café cresce rápido em popularidade, especialmente entre jovens chineses nas cidades, embora ainda seja menos de um décimo do consumo de chá. Illycaffe vende seu café expresso arábica para mais de 140 países.
Cerca de metade do fornecimento da commodity vem do Brasil, o maior produtor e exportador mundial do produto.