Por Guilherme Rios
Criado em junho de 2000, o Clube illy do Café conta hoje com aproximadamente 600 filiados. Associam-se ao clube, de forma gratuita, os cafeicultores que fornecerem café para a empresa. Os sócios recebem uma série de benefícios como consultorias técnicas, cursos e palestras. “Essa é uma forma de reconhecer o trabalho desses produtores e nos aproximarmos deles”, explica Teixeira. “Nós realizamos três palestras e dois dias de campo por ano, a fim de trocar informações com os produtores e orientá-los a melhorar ainda mais a qualidade do seu café”.
Fornecedor de café da empresa há 15 anos, o produtor José Carlos Grossi confirmou a proximidade da empresa com os seus fornecedores. “Eles realizam vários cursos e palestras técnicas para orientar os produtores”, diz Grossi. “A illycaffè chega a pagar de 20% a 30% a mais no seu café em troca de qualidade”, diz ele. Esse relacionamento mais próximo, entre empresa e fornecedor, começou em 1991, com a criação do Prêmio Brasil de Qualidade do Café para “Expresso”. A iniciativa acabou com o problema de fornecimento de cafés de baixa qualidade encontrados na década de 80, quando a illycaffè comprava o café de exportadoras. Para entrar no concurso, o café deve ser do tipo 3 (até 12 defeitos), com peneira 16 acima e não pode ser ligado (misturado com outros cafés). “Além de garantir o padrão illycaffè e assegurar o fornecimento de cafés de qualidade, a empresa começou a realizar as compras sem intermediários, ou seja, direto com os produtores”, afirma Teixeira. “O vencedor recebe um prêmio de US$ 30 mil pelo lote. Isso incentiva os cafeicultores a aumentarem a sua produção de cafés de qualidade”.