Os preços agrícolas subiram 1,56% na primeira quadrissemana de outubro, com ganho de 0,68 ponto percentual em relação ao mês de setembro, reforçando a tendência de alta verificada nesse mês. Os dados foram divulgados pelo pesquisador Nelson Batista Martin, do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
Segundo Martin, o índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) teve alta em função do crescimento nos preços dos produtos de origem vegetal e animal e do melhor desempenho das commodities.
Dos 19 produtos analisados, oito apresentaram crescimento de preços (amendoim, banana, cebola, laranja, tomate, boi, ovos e suíno) e outros oito tiveram reduções (arroz, batata, café, feijão, soja, trigo, aves e leite). Os preços do algodão, cana-de-açúcar e milho se mantiveram estáveis. O destaque de alta foi o preço da cebola (+42,86%) e a queda mais expressiva ocorreu no preço do leite (-13,79%).
Em sua análise, Martins disse que entre os produtos de origem vegetal, a queda nos preços do subgrupo dos grãos foi mais que compensada pela alta nos preços de frutas e olerícolas, o que provocou o aumento de 0,43% no preço do grupo. “Já no segmento animal, a alta nos preços de boi, ovos e suínos levou ao crescimento de 3,59% no preço do grupo. O resultado foi a alta de 1,56% no índice geral (IPR).”
Ele destaca que o preço do boi gordo, após queda contínua desde janeiro deste ano, iniciou a quadrissemana com forte alta, em função da menor oferta de animais para abate, tanto de fêmeas como de boi gordo, devido à menor disponibilidade de animal de confinamento e semiconfinamento.