IBGE aponta queda de 9,7% nos estoques brasileiros no final de 2014

Por: Café Point

Por Thais Fernandes

A “Pesquisa de Estoques” do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao segundo semestre de 2014, indicou que em 31 de dezembro do ano passado, os estoques brasileiros de café estavam em 21,7 milhões de sacas de 60 kg de café armazenadas — 18,5 milhões de arábica e 3,2 milhões de conilon —, volume 9,7% inferior ao registrado no final de 2013.
Em seu relatório o IBGE destacou que “a cultura sofreu com o clima quente e seco, bem como com a redução dos investimentos, já que os preços não estavam atrativos desde 2013, principalmente da espécie arábica, que possui maior valor no mercado”.



Divulgada no último dia 11 de junho, o estudo foi comentado pelo Conselho Nacional de Café (CNC) no mesmo dia. Conforme o CNC, do volume total armazenado no final de 2014, as 118 cooperativas de café informantes respondiam por 38,1% do total, contendo um volume de 8,3 milhões de sacas em seus armazéns. Já os demais elos do setor privado possuíam o maior montante, com 11,5 milhões de sacas estocadas, o que representou 53,3% do total.



Em seu Boletim Semanal, o Escritório Carvalhaes, exportadora e corretora de Santos (SP), lembrou que de janeiro a maio deste ano o Brasil exportou 14.901.870 sacas (fonte: Cecafé) e, adotando um consumo anual de 20 milhões de sacas, consumiu 8,33 milhões. “Utilizamos 23,23 milhões de sacas nestes primeiros cinco meses do ano, 1,53 milhões de sacas acima dos 21,7 milhões estimados pelo IBGE como estoque brasileiro em dezembro último. Com os números apresentados na última quinta-feira (11/6) pelo IBGE não teríamos café para exportar ou consumir neste mês de junho”, explica a análise. Por fim, o Escritório Carvalhaes reforça um pensamento recorrente em seus últimos boletins. “É difícil chegar a números exatos em um país de dimensões continentais como o Brasil, mas existe praticamente um consenso que desta vez estamos “raspando o fundo do tacho” para cumprir nossos compromissos de exportação e consumo interno”.  

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