Setor enfrenta crises de preço | ||
Como consequência, a partir de 1989, o café enfrentou uma longa crise de preços. Na época em que ainda vigorava o acordo, os países consumidores não tinham um estoque superior a 8 ou 10 milhões de sacas. Com a queda de preços nos anos 90, a Alemanha chegou a ter 22 milhões de sacas, estoque comparativamente igual à produção brasileira em 1906, ano que consagrou o início da política cafeeira do Brasil. Francisco Lima lembra que até setembro de 2005, aquele país detinha 24 milhões de sacas e agora possui 19 milhões de sacas estocadas. ”Quando esse estoque chega a 10 milhões, o preço naturalmente sobe. O que tem segurado o preço são esses estoques”, avalia o agrônomo o panorama cafeeiro nos últimos anos, desde que o Acordo Internacional do Café naufragou e o IBC fechou as portas, acreditando em boas perspectivas para a cultura ainda no final deste ano. Em 1996 foi criado o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), órgão que marcou o início da co-gestão governo e iniciativa privada para o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) e a política cafeeira nacional – o que não se traduziu na intervenção do Estado na economia cafeeira. (F.L.) |