Às margens da Rodovia Santos Dumont, em Indaiatuba, na região de Campinas, a 99 quilômetros da capital, há um pequeno pedaço de Europa. É o bairro centenário de Helvetia, a maior colônia suíça no Brasil. Os primeiros imigrantes chegaram por volta de 1850 para substituir o trabalho escravo nas lavouras de café.
Na década de 1880, quatro famílias suíças compraram o Sítio Capivari Mirim e fundaram um povoado ao redor da Sociedade de Tiro ao Alvo. A igreja, concluída em 1899 e copiada de uma existente em Obwalden, de onde vieram os primeiros suíços, é praticamente a mesma daquela época.
Cerca de 500 colonos ainda vivem no local e no dia 30 de julho comemoram a Festa da Tradição. “Os mais velhos falam o dialeto de 120 anos atrás, que nem existe mais na Suíça”, disse José Carlos Bannwart, descendente de um dos fundadoras.
Também perto da estrada fica a Casa de Retiro Vila Kostka, no bairro de Itaici, onde ocorre desde 1974 – com exceção de 2000 – a assembléia geral da Conferência Nacional dos Bispos dos Brasil (CNBB). Até o fim do século 19, o terreno fazia parte da Fazenda Taipas, que pertenceu a João Tibiriçá – então presidente da província de São Paulo. Por ser local de retiro, não é permitida a visitação turística na casa.
Entrando de fato em Indaiatuba, um extenso espaço com áreas verdes, quadras poliesportivas e pistas de cooper chama a atenção. É o Parque Ecológico, projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake.
No centro, o passeio começa pela Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária, de 1863. O Museu Ferroviário, próximo dali, guarda a locomotiva a vapor d. Pedro II, fabricada em 1874. Foi um presente do imperador para a inauguração da antiga Estrada de Ferro Ituana.
Fonte: Estado de São Paulo
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