História do café através dos séculos – Dispersão pelo Mundo

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Por: Fazenda Águas Claras - Cafés Especiais

Da Etiópia o cafeeiro foi levado para a Arábia, no século XV, sendo
primeiramente cultivado pelo homem em infusões com o nome de “kahvah” ou
“cahue”. Ainda na Arábia essa planta “milagrosa ” assumia grande importância
social devido ao seu uso na medicina da época para a cura de diversos males;
desde então despertava naquele povo um grande interesse econômico, pois
vislumbravam a possibilidade de exportarem o produto para outros povos, gerando
grande capacidade de troca de mercadorias.

Os árabes tentaram manter o privilégio, pois foram os primeiros a cultivar a
planta, mas descoberta por poderosos palacianos foi difundida pelas nobrezas do
ocidente. Foi levado primeiramente para o Egito no século XVI e logo depois para
Constantinopla (hoje Istambul), importante centro comercial da época.

Na Europa, no século XVII, foi introduzido como bebida na Itália e na
Inglaterra. O café era consumido por diversas classes sociais, inclusive por
intelectuais, concorrendo pelo mercado com outras bebidas, como cervejas,
bebidas alcoólicas em geral e com o chá, tradicionalmente consumido pelos
ingleses. Logo depois passou a ser consumido em vários outros países europeus,
chegando à França, Alemanha, Suíça, Dinamarca e Holanda.

Na França, ficaram famosos os cafés parisienses que eram frequentados por
intelectuais da época. Voltaire, por exemplo, quando alguém lhe afirmava que
café era veneno, dizia: “veneno lento, sem dúvida, pois há 50 anos que o bebo
sem que ele tenha produzido efeito”; Voltaire morreu com 84 anos de idade.


Seguindo sua marcha de dispersão pelo mundo o café chegou nas Américas,
através de possessões Ibéricas, de onde foi para os Estados Unidos,
atualmente o maior consumidor e importador mundial de café.

Foram os holandeses que disseminaram o café pelo mundo; inicialmente
transformaram suas colônias nas Índias Orientais em grandes plantações de café e
junto com franceses e portugueses transportaram o café para a América, através
do Atlântico. Na Guiana Holandesa (hoje Suriname), foram introduzidas mudas de
uma planta existente no Jardim Botânico de Amsterdã, na Holanda. Daí, chegou à
Guiana Francesa através do Governador de Caiena que conseguiu, de um francês
chamado Morgues, algumas sementes das plantas existentes no Suriname,
semeando-as no pomar de sua residência. À partir desse pequeno plantio o
Sargento Mor Francisco de Mello Palheta transportou para o Brasil, na cidade de
Belém no Estado do Pará, em 1727, algumas sementes e plantas ainda pequenas.

Em Belém do Pará a cultura não foi muito difundida, sendo levada nos anos
seguintes para o Maranhão, chegando à Bahia em 1770. No ano de 1774 o
desembargador João Alberto Castelo Branco trouxe do Maranhão para o Rio de
Janeiro algumas sementes que foram semeadas na chácara do Convento dos Frades
Barbadinos. Daí, espalhou-se pela Serra do Mar, atingindo o Vale do Paraíba no
ano de 1825. De São Paulo, foi para Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e mais
recentemente para o Mato Grosso e Rondônia.

Acredita-se que as razões que levaram o café a se desenvolver como
cultura econômica apenas no centro-sul do Brasil e não na região norte, onde foi
introduzido, sejam ligadas às exigências em clima e solo, além da uniformidade
genética no material original (cultivar ‘Arábica’ ou ‘Típica’), que certamente
dificultou sua adaptação. Encontrando solos natural-mente férteis e temperaturas
mais amenas, além de precipitações pluvio-métricas semelhantes às da Etiópia, o
café teve franca expansão no centro-sul do País. A cultura teve grande expansão
a partir de 1835-40, quando chegou no Oeste Paulista; nessa época, agricultores
das cidades de Campinas e Ribeirão Preto plantaram seus primeiros cafezais. O
Noroeste Paulista iniciou sua atividade cafeeira somente em 1920 e a Alta
Sorocabana, a Alta Paulista e o Estado do Paraná entre 1928 e 1930. O norte do
Estado do Rio de Janeiro e o Espírito Santo já cultivavam grandes lavouras de
café desde 1920.

 


 


Fonte: http://www.fazendaambiental.com.br/cafes/historia2.htm

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