O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto, abriu hoje (07/12) o seminário Agropecuária Sustentável: um olhar para o futuro, no Memorial JK, em Brasília. Em seu pronunciamento, ele revelou que o ministério assinará na próxima semana um protocolo de cooperação técnica com a Agência Nacional de Águas (ANA) sobre manejo de água na atividade agrícola. Também destacou que a sustentabilidade ambiental e social é referência para todas as áreas da agropecuária brasileira.
Por intermédio do protocolo de cooperação com a ANA, informou Guedes, o Ministério da Agricultura pretende tratar das questões relacionadas ao uso de água e à conservação do solo na atividade agrícola, como a da irrigação das lavouras, entre outras. De acordo com o ministro, o trabalho será desenvolvido dentro do contexto do conceito de microbacias hidrográficas.
Em sua exposição aos participantes do evento, Guedes reafirmou o compromisso do ministério em promover o desenvolvimento sustentável e a competitividade do agronegócio brasileiro. “Isso faz parte da nossa missão institucional”, destacou, lembrando que o Ministério da Agricultura está implantando um programa de gestão estratégica para planejar as suas atividades.
Guedes também relacionou algumas das ações do Mapa que estão baseadas na sustentabilidade ambiental e social, que preconiza a exploração racional dos recursos naturais, a proteção da saúde do trabalhador e o respeito aos direitos sociais. Entre eles, o Programa de Desenvolvimento da Agricultura Orgânica, os Sistemas Agropecuários de Produção Integrada, o Programa de Integração Lavoura-Pecuária, o Programa de Alimento Seguro e o Sistema de Plantio Direto na Palha.
“Hoje, temos cerca de vinte e cinco milhões de hectares cultivados no Sistema de Plantio Direto na Palha”, disse Guedes. Esse método, assinalou, tem contribuído para a conservação do solo brasileiro. Ao mesmo tempo, prosseguiu, o Programa de Lavoura-Pecuária permite ao País recuperar áreas degradadas para a agricultura. “Podemos triplicar a produção agropecuário sem precisar acrescentar novas áreas.”
Outro aspecto destacado pelo ministro foi o da preservação das florestas brasileiras. “O Brasil preserva 69% das suas matas nativas originais, enquanto que a média mundial é de 21%. Por isso, é preciso parar com esse negócio de nos acusar de desrespeitar o meio ambiente e de responsabilizar o agronegócio pelo desmatamento. O agronegócio não é incompatível com a preservação ambiental.”
Além de Guedes, a solenidade de abertura do seminário contou com a presença do ministro de Aqüicultura e Pesca, Altermir Gregolin, do secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Luiz Gomes de Souza, e do representante do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) no Brasil, Carlos Basco, entre outras autoridades.