O resultado somará 15% na nota final dos 8 lotes previamente selecionados, em dezembro, pelo Júri Técnico, composto por provadores e especialistas.
A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), realiza de 17 a 20 de janeiro as quatro etapas do Júri Popular do seu 13º Concurso Nacional de Qualidade do Café. Grupos de no mínimo dez consumidores de São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Bahia (estados que participam do certame) vão ajudar na seleção dos melhores cafés finalistas, provando cada um e pontuando a qualidade global na xícara. O resultado somará 15% na nota final dos 8 lotes previamente selecionados, em dezembro, pelo Júri Técnico, composto por provadores e especialistas.
A primeira etapa será realizada dia 17 na capital paulista, na Escola Senai “Horácio Augusto da Silveira”, no bairro da Barra Funda. A segunda etapa será em Londrina, dia 18, no IAPAR – Instituto Agronômico do Paraná. No dia 19 acontecerá a etapa do júri capixaba, que se reunirá na sede da FINDES – Federação das Indústrias do Espírito Santo. E encerrando a maratona, está a etapa com os consumidores baianos, que se reunirão no dia 20 na sede da FIEB – Federação das Indústrias do Estado da Bahia.
Os trabalhos começam com uma palestra, a ser feita por um profissional da ABIC, sobre o Programa de Qualidade do Café (PQC), cuja metodologia é única no mundo, pois analisa as propriedades do produto já torrado e moído, da mesma forma que o consumidor encontra nas prateleiras dos supermercados. Na sequência, os participantes provarão separadamente e às cegas (sem saber a origem) o café de cada lote, preparado em filtro. Eles farão a seleção seguindo o método da escala hediônica, expressando o grau de gostar ou desgostar, de forma geral, ou em relação a um atributo específico (fragrância, aroma, acidez, amargor, adstringência, corpo e sabor). A ABIC optou por este tipo de avaliação por ser amplamente utilizada na mensuração de atributos sensoriais de alimentos e entre testes de preferência.
Esta é a segunda edição do Concurso a contar com a participação dos consumidores. A criação deste inédito Júri Popular foi idealizada em 2015 pela ABIC com o objetivo de incluir a opinião e percepção sensorial dessas pessoas, que gostam de café, na escolha dos melhores grãos do Brasil. Além disso, com essa divisão das etapas por estado participante, a ABIC leva em consideração as diferenças de hábitos e costumes dos consumidores de cada região.
Para Ricardo de Sousa Silveira, presidente da ABIC, a inclusão dos consumidores no processo de seleção é um reconhecimento e uma homenagem que a entidade faz aos brasileiros, que consomem 40% da safra anual do grão, fazendo-o presente em 98% dos lares, representando um consumo médio de 81 litros por habitante/ano.
Ainda dá tempo de participar: restam algumas vagas, mas os consumidores interessados devem residir nas cidades ou em localidades próximas onde serão realizadas as etapas e precisam se inscrever previamente, enviando solicitação para cristiane@abic.com.br.
Resultado do Júri Técnico
A etapa do Júri Técnico do 13º Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café foi realizada dia 5 de dezembro no laboratório do Sindicato das Indústrias de Café do Estado de São Paulo. Foram selecionados 8 lotes finalistas, após avaliação da Qualidade Global conforme metodologia do PQC, atribuindo-se uma pontuação de 0 a 10 pontos para cada um.
O microlote do cafeicultor José Alexandre Abreu de Lacerda, produzido no Sítio Córrego Pedra Menina, no município capixaba de Dores do Rio Preto, recebeu a maior avalição do grupo técnico: 8,43 pontos. Em segundo lugar, ficou o lote de café cereja descascado produzido por Antônio Rigno de Oliveira em São Judas Tadeu, em Piatã, Bahia, com 8,38 pontos. E em terceiro, mais um microlote: o do produtor Clayton Mapelli Cerri, do Sítio Anhumas, de São Sebastião da Grama, São Paulo, com 8,37 pontos.
A pontuação do Júri Técnico corresponde a 70% da nota final de cada lote inscrito. Faltam agora as notas de sustentabilidade da propriedade, com peso de 15%, e a avaliação do Júri Popular, cuja pontuação equivale aos 15% restantes.
Calendário
No dia 26 de janeiro serão divulgados o café campeão e a relação dos finalistas, conforme soma das notas do Júri Técnico, Júri Popular e Sustentabilidade.
De 26 de janeiro a 3 de fevereiro acontecerá o leilão desses cafés, aberto a torrefadoras, cafeterias e demais pessoas jurídicas interessadas.
No dia 7 de fevereiro serão divulgadas as empresas campeãs do leilão, que são aquelas que deram os maiores lances. Todos os cafés serão industrializados e chegam aos consumidores em abril, compondo a 13ª Edição Especial dos Melhores Cafés do Brasil.