Do quente ao gelado.
“Dentro de cinco anos, o Brasil deve se tornar o maior consumidor de café do mundo, ultrapassando os Estados Unidos”, comenta animado Andrea Illy, presidente da Illy, em um português irrepreensível. “Aprendi a língua com uma professora de São Paulo, para poder me comunicar melhor com os 1,5 mil produtores de café brasileiros que trabalham para nós”, diz o italiano de Trieste, cidade ao nordeste do país, que faz divisa com a Eslovênia. A média de crescimento anual do Brasil na receita da Illy tem sido de 6%, contra 2% em todo o mundo.
Quente I.
O grupo Illy – que também controla uma fabricante de compotas (Agrimontana), outra de chocolates (Domori), uma vinícola (Mastrojanni) e a casa de chás francesa Dammann Frères – faturou 280 milhões em 2008 e acaba de reforçar a aposta no seu principal produto. “Investimos US$ 18 milhões no Metodo Iperespresso, que proporciona maior aroma e cremosidade ao café.” Trata-se de um sistema de cápsulas de café, que prepara a bebida nas máquinas X7 e X8 da Francis Francis!, especialmente desenhadas pelo arquiteto Lucca Trazzi para o método.
Gelado II.
Andréa Illy tem mais novidades para o Brasil este ano. Chega ao país o Illy Issimo, uma bebida à base de café, em latas e pronta para beber, resultado da joint venture fechada com a Coca-Cola no ano passado. A empresa, Ilko Coffee International, já levou o produto para 15 países e este ano estreia no Brasil, Estados Unidos e Japão. São dois produtos: um capuccino de 200 mililitros e um café preto de 150 mililitros. “Como o Brasil é um país quente, achamos que o produto pode ter uma demanda muito boa”, afirma Illy, que não revela o investimento na novidade. “A Coca-Cola não permite”.