O Grupo 3corações, de Minas Gerais, anunciou nesta sexta-feira (11) que fechou acordo para a compra das marcas de café e derivados da Cia. Iguaçu de Café Solúvel, que tem sede em Cornélio Procópio, no Norte Pioneiro paranaense.
O Grupo 3corações, de Minas Gerais, anunciou nesta sexta-feira (11) que fechou acordo para a compra das marcas de café e derivados da Cia. Iguaçu de Café Solúvel, que tem sede em Cornélio Procópio, no Norte Pioneiro paranaense.
O valor do negócio, que envolve o uso das marcas no mercado brasileiro e nas exportações para toda a América Latina, não foi divulgado. Segundo a companhia mineira, o acordo ainda está “sujeito às aprovações regulatórias no Brasil”, e inclui as marcas Iguaçu, Cruzeiro e Amigo. O contrato prevê que a companhia paranaense – mais conhecida como Café Iguaçu – continuará produzindo os cafés solúveis que levam essas marcas.
Em comunicado, o Grupo 3corações afirma que, com a aquisição, será vice-líder do mercado brasileiro de café solúvel – o conglomerado é líder em café torrado e moído. O grupo mineiro, que está envolvido em uma disputa judicial com a Confeitaria Dois Corações, de Curitiba, espera que o negócio reforce sua posição no Sul do país.
“O Grupo 3corações tem alcançado um crescimento significativo na Região Sul, com o reconhecimento dos consumidores em relação aos nossos produtos”, disse, em nota, o presidente do grupo, Pedro Lima.
“Estamos aguardando as autorizações dos órgãos regulatórios para a conclusão do negócio, para, então, iniciar a integração desse importante ativo à nossa companhia”, acrescentou o executivo.
Não é a primeira vez, na história recente, que o Paraná “perde” uma marca de café. No fim de 2010, a norte-americana Sara Lee comprou a curitibana Café Damasco por cerca de R$ 100 milhões. Hoje o café que leva essa marca é produzido em Jundiaí (SP).
História
A Café Iguaçu foi fundada em junho de 1967 por um grupo de cafeicultores do Norte Pioneiro, liderados pelas famílias Miyamoto, Höffig e Ferreira de Castro. Em 1972, a japonesa Marubeni Corporation comprou 35% do capital da empresa. A multinacional foi aumentando sua participação gradualmente, e hoje é a principal acionista. Em 2014, com a compra das últimas ações em negociação na BM&FBovespa, a Café Iguaçu fechou seu capital.