Publicação: 25/07/07
Os fiscais federais agropecuários anunciaram ontem a ampliação da greve para o Porto de Santos, até então preservado pelo movimento em razão dos fortes impactos econômicos de suas paralisação. “O governo está nos empurrando para isso. Não reabriu as conversas e não admite rever sua contraproposta”, disse o vice-presidente da associação dos fiscais (ANFFA), Wilson de Sá.
Em reunião com o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR), os grevistas pediram uma intervenção partidária para convencer a cúpula do Ministério da Agricultura, indicada pelo PMDB, a mediar as negociações com o Ministério do Planejamento, comandado pelo PT.
Os grevistas insistem num reajuste médio de 45% nos salários-base para 5.853 fiscais, o que elevaria a remuneração inicial para R$ 5.107 e a final, para R$ 8.155. A medida significaria uma despesa extra anual de R$ 763 milhões para o Tesouro. A oferta do governo, que inclui gratificações por pontuação e por titulação, chegou a 12,5% divididos em três anos. A área econômica diz que os fiscais tiveram, desde 2003, um aumento nominal de 97% nos vencimentos iniciais – hoje em R$ 5.195 – e de 43% na remuneração final – R$ 7.539. Além disso, os aposentados incorporam um terço da gratificação aos salários. Os fiscais admitem um aumento menor no período e alegam que o governo elevou em até 170% os salários de auditores da Receita Federal, por exemplo.