Greeenpeace e Nestlé batem de frente por causa de café arábica transgênico
Nestlé patenteia café arábica transgênico Publicado: 4/5/2006
GENEBRA – O Greeenpeace lançou nesta quarta-feira (4/abr) uma campanha chamando a Nestlé para retirar uma patente de um pé de café geneticamente-modificado e de outros alimentos de GM, dizendo que os riscos são “inaceitáveis”.
“Greenpeace chama a Nestlé para retirar suas patentes imediatamente, do café geneticamente modificado e de outros produtos geneticamente modificados,” a campanha do grupo foi deflagrada na véspera da reunião/geral anual da Nestlé.
“Os riscos que tais patentes trazem a economia, ecologia e saúdes são inaceitáveis,” afirmou.
Greenpeace apontou uma patente concedida a Nestlé pelo European Patent Office em fevereiro para uma modificação genética para um pé de café arábica que entre outras mudanças, produzirá mais café solúvel.
“Em muitas partes do mundo, a multinacional estava se contendo alimentos geneticamente modificada anunciou” disse o grupo de ambiental.
“Porém, está conquista mostra que a Nestlé procura a engenharia genética por razões econômicas e se esforça para ganhar o controle total da produção de alimentos,” afirmou.
Um porta-voz da Nestlé, François-Xavier Perroud desmentiu as acusações do Greenpeace, dizendo que eles estão por enquanto “incompletos e antiquados”.
Nestlé faz incorporação de GM em seus produtos onde eles são aprovados através das autoridades locais, mas eles não são distribuídos em regiões como Europa onde os consumidores os rejeitam, afirmou ele a AFP.
Nenhum produto da linha Nestlé Café em nenhum lugar contém organismos geneticamente-modificados (GMO), insistiu Perroud.
“Se nós tivermos patentes, é como uma medida preventiva, para evitar que outras companhias possam obter esta tecnologia,” disse ele.
“Tecnologia de engenharia genética é o caminho para o futuro, nós não queremos ser surpreendidos,” acrescentou Perroud.
A multinacional Suíça afirmou em seu website: “Contanto que a segurança seja comprovada, como o exigido para todos os ingredientes, Nestlé continuará usando ingredientes derivados de colheitas de geneticamente modificadas onde seja apropriado “.
Greenpeace disse que as características da árvore do café GM esparramariam para outras plantações de café orgânico ou cafezais convencionais, “deixando as colheitas virtualmente sem possibilidades de venda”.
Afirmou que os pequenos cafeicultores ficaram dependentes das mudas patenteadas “que provavelmente vão ser mais caras que as tradicionais”.
Nestlé lançou uma marca “fairtrade” de café instantâneo na Inglaterra no ano passado, dizendo com isto, que quiseram ajudar a aliviar o sofrimento e a pobreza entre pequenos cafeicultores “assegurando preços justos era pagos para os produtos das fazendas com práticas sustentáveis”.
A planta de café pateteada foi depositada pela Nestlé em agosto de 2002 e foi publicada no banco de dados do escritório de registro de patentes pela Internet desde julho de 2004, de acordo com o European Patent Offic documents.
04/05/2006 17:36 GMT