O governo vai liberar nos próximos dias o registro de produtos à base do ingrediente ativo Fluopiram, que poderá ser usado para combater fungos e nematoides nas culturas de batata, café, arroz e soja.
São Paulo, 16 – O governo vai liberar nos próximos dias o registro de produtos à base do ingrediente ativo Fluopiram, que poderá ser usado para combater fungos e nematoides nas culturas de batata, café, arroz e soja. O produto é uma molécula com atividades fungicida e nematicida altamente eficaz, menos tóxico e estava há 10 anos na fila esperando a análise do pleito de registro. As informações são do Ministério da Agricultura.
Os registros serão liberados para produtos técnicos, que são aqueles usados pela indústria, e para produtos formulados, que são os já disponíveis para o uso nas lavouras. O produto é atualmente aprovado pelas autoridades reguladoras de países da Europa, Estados Unidos e Austrália, onde está disponível para uso.
O coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do Ministério da Agricultura, Carlos Venâncio, informa em comunicado que trata-se de “uma nova opção para o controle de nematoides, que são pragas muitas vezes invisíveis, mas que podem causar grandes danos à agricultura, além de ser um produto menos tóxico do que os já existentes no mercado”.
Os produtos formulados à base do Fluopiram oferecem um novo modo de ação para o controle de nematoides, sendo uma importante ferramenta para auxiliar o agricultor no manejo desta praga, cujo crescimento populacional é favorecido por causa das condições de solo e clima do Brasil.
Os nematoides são vermes microscópios presentes no solo, na água doce e salgada e muitas vezes são parasitas de animais, insetos e também de plantas. São invisíveis a olho nu e vivem no solo se alimentando dos nutrientes nas raízes das plantas.
Segundo o ministério, do ponto de vista toxicológico e ambiental, todos os estudos e informações apresentadas, bem como suas recomendações de bula, foram avaliadas e aprovadas pelos respectivos órgãos competentes (Anvisa e Ibama) e, portanto, considerados seguros à saúde humana e ao meio ambiente.
Fonte: Q10/Estadão Conteúdo