Governo quer superávit fiscal maior em 2014

19 de dezembro de 2013 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: O Globo

19/12/2013
 
 

 

 

Mantega afirma que resultado primário de 1,1% do PIB é o mínimo

Martha Beck
Cristiane Bonfanti

Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega disse ontem que o governo vai perseguir um superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) maior que o previsto na proposta orçamentária de 2014. Nela, a equipe econômica se compromete com um esforço fiscal de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) para a União no ano que vem, se considerados todos os descontos com investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e desonerações.

— Para nós, é muito importante ter um resultado fiscal bom. Essa é uma questão crucial do governo — disse o ministro. — (Um primário de 1,1%) seria o mínimo, teria que ter uma catástrofe (para não conseguir esse número). Certamente vamos perseguir patamares mais elevados — disse.

PIB crescerá acima de 2,5%

Durante café da manhã com jornalistas, Mantega também demonstrou otimismo em relação à economia em 2014. Segundo ele, o PIB deve avançar mais que os 2,5% estimados para este ano, mas não deve chegar aos 4% previstos no orçamento. O ministro considerou que, depois de cinco anos de crise internacional, a economia está num momento de “virada”:

— Acho que 2013 foi o fundo do poço para a economia internacional, talvez o último ano da crise que começou em 2008.

Segundo o ministro, as condições fiscais serão melhores em 2014 graças a um maior crescimento da economia, que ajudará a reforçar a arrecadação, e ao fim de algumas desonerações. Ele adiantou que o programa Reintegra (crédito tributário aos exportadores) não será renovado, nem haverá novas reduções de tributos no próximo ano.

Para Mantega, o país passou por uma crise de confiança em 2013, mas ele não atribuiu esse comportamento aos problemas da põlítica fiscal e, sim, ao mau humor de parte do mercado, que passou a ter menos rentabilidade com o corte de juros. •
 

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