Safra do café deve crescer pelo menos 23% |
Redação/O Estado do Paraná A produção de café da safra 2006/07 deve ficar entre 40,43 milhões e 43,58 milhões de sacas. A estimativa é da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e representa um aumento entre 22,7% e 32,3% na comparação com a safra 2005/06, de 32,94 milhões de sacas. “É uma safra maior, mas não é uma grande safra. Isso acontece por causa de problemas de adubação, manejo e envelhecimento do parque cafeeiro”, afirmou o diretor do departamento de café do Ministério da Agricultura, Vilmondes Olegário da Silva. O café é uma cultura bienal (num ano apresenta uma safra boa, e no outro, uma menor). Em 2002, ano de safra boa, o Brasil teve recorde de produção do produto, com 48,5 milhões de sacas. O desempenho do produto foi um dos fatores apontados para a queda do PIB (Produto Interno Bruto) agropecuário de 3,4% de julho a setembro em relação ao desempenho de abril a junho, segundo dados do IBGE. O diretor do ministério informou que a relação de oferta e demanda do produto está bastante ajustada. Citou as médias dos últimos cinco anos de exportações (26 milhões de sacas) e de consumo interno (16 milhões de sacas). Sem projeção A expectativa do governo é manter sua posição no mercado mundial e exportar 26 milhões de sacas no próximo ano, mas, para Silva, fazer uma projeção em relação ao preço é “chute”. Em 2002, o preço médio foi de US$ 48,13 a saca. Atualmente, o preço está em US$ 111,36. No ano passado, o Brasil exportou 26,5 milhões de sacas (US$ 2,024 bilhões). Até novembro, os embarques ao exterior acumulam 23,7 milhões de sacas. Já no mercado interno, a intenção do governo é aumentar gradativamente o consumo. A meta é chegar a 21 milhões de sacas em 2010. Se isso for atingido, o País deve acumular o posto de maior produtor, exportador e consumidor de café. Atualmente, os EUA consomem entre 18 milhões e 20 milhões de sacas. Silva informou que enviou ao Congresso Nacional proposta de orçamento de R$ 2,1 bilhões para o Funcafé. O orçamento para 2005 foi de R$ 1,2 bilhão |