Qualidade chega ao café
Marina Rigueira
Finalmente, o brasileiro vai consumir o café de todos os dias com mais sabor. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, assinou na última segunda-feira, no Dia Nacional do Café, uma Instrução Normativa que estabelece critérios rígidos para garantir a qualidade do produto oferecido no mercado interno. As novas regras são válidas para o café torrado em grão e para o café torrado e moído e definem exigências de percentual máximo de impurezas provenientes do grão, além de um padrão básico de sabor, aroma e fragrância da segunda bebida mais consumida do país, que perde apenas para a água.
A nova legislação é a primeira publicada no país com tal finalidade, além de inédita em todo o mundo. Segundo o ministro Wagner Rossi, \”no mundo inteiro, não há uma exigência real de qualidade do café em grão e do café torrado e moído. Portanto, é o primeiro regulamento desta natureza, o que mantém o Brasil na liderança do setor cafeeiro\”. Com ela, o consumidor terá a segurança de saborear um café mais puro e com um nível mínimo de qualidade. Isso porque o café produzido no Brasil ou importado só poderá ter, no máximo, 1% de impurezas provenientes do próprio café – e a presença de umidade no grão torrado ou moído também não poderá ultrapassar 5%. Serão observados, ainda, o estado de conservação do produto, aparência, odor e informações de rotulagem, como nome de fabricante, lote, prazo de validade e país de origem, quando for o caso.
Rossi considera a norma um marco na cafeicultura nacional e destaca que \”é uma forma de respeito ao brasileiro, que aprecia e tem o hábito de tomar café, como também a valorização deste mercado que tem crescido, em média, 5% ao ano no país, tornando-o o segundo maior consumidor do mundo. Precisamos mostrar que produzimos com profissionalismo e dedicação. Quem tem o melhor café do mundo não pode ter o mito de que o bom produto só vai para o exterior\”, avalia.