Governo confirma que Temer pediu suspensão provisória da importação de café robusta do Vietnã
Presidente Michel Temer decidiu suspender temporariamente a importação de café robusta pelo Brasil, informou a Secretaria de Governo da Presidência através de nota. Temer quer agora analisar toda a situação.
Após reunião na terça-feira (21) do setor produtivo e políticos ligados ao agronegócio com o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, e também com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Marcos Pereira, o presidente Michel Temer decidiu suspender temporariamente a importação de café robusta pelo Brasil, informou a Secretaria de Governo da Presidência através de nota. Temer quer agora analisar toda a situação.
Após divulgação de normativa de requisitos fitossanitários na segunda-feira (20), o Diário Oficial da União trouxe na terça (21) uma resolução que determinava a redução da tarifa de importação de café robusta para uma cota de 1 milhão de sacas de 60 kg. Na véspera, o ministro da agricultura, Blairo Maggi, disse que estava tudo certo para a importação inédita no país. O setor produtivo acredita que pode ser prejudicado com a entrada de pragas no país e perda de competitividade comercial.
Para Imbassahy, os parlamentares apresentaram dados da Conab apontando que os estados produtores possuem estoques de café suficientes para abastecer o mercado nacional, sendo essa uma medida prejudicial à todos os produtores.
Em reunião com o presidente, Imbassahy expressou a preocupação dos parlamentares e produtores de café. Temer, decidiu então suspender provisoriamente a Portaria para analisar a situação junto aos órgãos competentes.
A autorização de importação, inédita até então na história do Brasil, poderia ser formalizada nesta quarta-feira (22) em reunião na Camex (Câmara de Comércio Exterior), órgão ligado ao Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Levando em conta o pedido do setor produtivo e a demanda da indústria, a proposta do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) era de liberar a importação de um milhão de sacas, com distribuição mensal de 250 mil sacas de fevereiro a maio. Para isso, o café seria incluído na lista de exceção da TEC (Tarifa Externa Comum), até o limite de um milhão de sacas, com alíquota de 2%. Acima desse limite, a alíquota de exportação, que hoje é de 10%, sobe para 35%.
Fonte: Notícias Agrícolas