Quarta-feira, 14 de Junho de 2006 as 12:30
Os cerca de 500 quilos de café arábica que começaram a ser colhidos nesta quarta-feira, 14 de junho, no cafezal do Instituto Biológico, serão entregues ao Fundo Social de Solidariedade do Estado (Fussesp). Todo o café arrecadado será distribuído às 2.500 entidades assistenciais da Grande São Paulo cadastradas no Fussesp.
Para marcar o início da colheita do produto no Estado foi realizada uma cerimônia no cafezal do Biológico, o único em área urbana do Estado, com 1.305 pés de café, no bairro de Vila Mariana, zona sul da capital.
Com óculos de proteção, luvas, chapéu e avental, a presidente do Fundo Social de Solidariedade Renéa Lembo; o secretário da Agricultura, Alberto Macedo; o presidente da Câmara Setorial do Café, Nathan Herszkowicz; e representantes do setor ajudaram na colheita do produto.
Herszkowicz destacou que o setor do café é o que mais gera empregos no Brasil. “Cerca de 8 milhões de pessoas vivem de atividades relacionadas ao café”, disse. Além disso, na época da colheita, que dura 100 dias, o setor gera aproximadamente 1,1 milhão de postos de trabalho.
O secretário da Agricultura lembrou que São Paulo é o terceiro maior produtor de café do país, atrás apenas de Minas Gerais e Espírito Santo. E é o segundo do ranking nacional na produção de café arábica. O Estado também reúne as indústrias líderes do setor, que respondem por 43% da produção nacional de café torrado e moído.
A previsão é colher 4,41 milhões de sacas de café na safra 2006/07, o que equivale a 10,8% da produção nacional e representa crescimento de 36,7% em relação a safra 2005/06, quando foram produzidos 3,22 milhões de sacas.
As exportações no setor também cresceram este ano. Só no 1º trimestre, o Estado alcançou US$ 5,8 milhões com a exportação do café, o que representa um aumento de 79,6% em relação ao mesmo período do ano passado. A expectativa é atingir US$ 29 milhões em exportação do produto até o fim de 2006.
Cíntia Cury