A Fundação Procafé possui um dos melhores bancos de hemoplasmas do Brasil, que fica em uma fazenda experimental em Varginha (MG). Nos últimos anos, foram lançadas mais de 10 novas variedades de café resistentes a ferrugem, nematóide e bicho mineiro. A variedade acauã é resistente à ferrugem, bicho mineiro e a seca e também é mais produtiva do que as demais variedades plantadas.
Além disso, a Fundação também desenvolve um trabalho de biotecnologia, em que a multiplicação do café é realizada pela folha, sendo que com uma folha se faz de 5 a 10 mil plantas. Essas plantas já estão dominadas na parte de laboratório e agora estão sendo levadas para o campo para competir com as variedades já existentes no mercado.
No entanto, essas sementes de café, principalmente as novas variedades resistentes à seca, estão sendo exportadas a países concorrentes. O Presidente da Fundação Procafé, José Edgard Pinto Paiva, diz que isso é imperdoável: “Essas sementes demoraram cerca de 40 anos para serem desenvolvidas e são exportadas para países concorrentes, não sei se de forma legal ou ilegal, mas isso prejudica os produtores brasileiros, que já são muito sacrificados, e, se nós não tivermos produtividade e plantas resistentes a pragas e doenças para reduzir os custos de produção, o Brasil não terá como competir”.
A Fundação Procafé já denunciou essa prática a cooperativas, sindicatos e ao Ministério da Agricultura e alertaram também a sociedade para que as medidas necessárias sejam tomadas.