Frans Café adota coxinha para cair no gosto popular

Henrique Ribeiro, sócio do Fran’s café: cardápio mais enxuto e preço menor

16 de fevereiro de 2011 | Sem comentários Cafeteria Consumo

16/02/2011 17:02:00 – Brasil Econômico
Cintia Esteves


Há um ano, o Frans café tem aberto progressivamente suas portas para a classe C.
Deixou os produtos até 20% mais baratos, incorporou salgados populares como a coxinha ao cardápio e, como conseqüência, prepara-se para sua maior expansão.

Serão pelo menos 30 novas lojas em 2011, contra 18 aberturas em 2010. Henrique Ribeiro, sócio da cafeteria, gostou tanto da proximidade com as classes populares que está desenhando os detalhes finais da primeira cafeteria totalmente voltada para este público.
\”O nome ainda não está definido, mas vai ser algo como Frans Especial ou Express\”, diz o empresário.

As lojas terão no máximo 80 metros quadrados, enquanto uma unidade tradicional pode medir até seis vezes mais. Com menos espaço, o investimento inicial de cada cafeteria deve cair, porém não se trata de uma estratégia voltada simplesmente para atrair mais franqueados.
Para isto, já conta com o Frans Station, espécie de microcafeteria com 13 unidades. Instaladas em ruas com grande fluxo de pessoas, as lojas da nova marca devem pegar um público de passagem.



Neste formato, as xícaras de louça cedem lugar aos copos descartáveis e o cliente pode deixar a loja bebendo seu café.

\”Existem planos de revitalização para as regiões centrais das principais capitais do país. Pretendemos abrir lojas nestes bairros, a começar pelo centro velho de São Paulo\”, afirma Ribeiro.

E como as áreas escolhidas geralmente são movimentadas apenas de segunda a sexta-feira, a intenção é abrir as cafeterias somente no horário comercial, fechando-as nos finais de semana.
Procedimento

Em relação aos preços, a estratégia é trabalhar com a metade de itens encontrados em uma loja tradicional do Frans café.

\”Concentrar esforços em menos produtos é uma maneira eficiente de reduzir custos\”, diz Ribeiro.

Uma das vantagens é que a cafeteria consegue comprar mais itens de um mesmo fornecedor e pode, por consequência, obter preços mais atrativos.

Há um ano, uma loja possuía 30 opções de cafés especiais. Hoje são apenas 12. O cardápio de lanches caiu de 24 para 16 e as massas passaram de seis para três.

\”Trabalhar com a classe C, que aumentou seu poder de compra, faz todo o sentido\”, diz Ana Vecchi, consultora da Vecchi & Ancona, especializada em franquias.

A consultora não vê problema em associar a marca, velha conhecida do público de maior pode aquisitivo, a um formato popular.

\”Se as novas cafeterias conseguirem manter a qualidade do produto, é possível que os clientes da loja tradicional passem a frequentar as unidades populares. Afinal, eles podem chegar a conclusão que o produto é o mesmo, só que mais barato\”, diz a consultora.

Concorrência

Com mais de 130 lojas, Henrique Ribeiro considera as cafeterias de bairro as principais concorrentes do Frans café.

Mas o empresário também tem em seu calcanhar grandes nomes como Starbucks, café do Ponto e Casa do Pão de Queijo, além de novas marcas que começam ganhar musculatura.
Com 25 pontos de venda, o Vanilla Caffè, criado por um ex-franqueado do Frans café, deve abrir 15 unidades neste ano.

A rede faturou R$ 12 milhões em 2010 e espera incremento de 10% em 2011. \”Ainda não temos intenção de lançar uma nova marca, mas também estamos de olho na classe C. Nosso modelo de quiosques, por exemplo, consegue trabalhar com preços mais baixos do que nosso formato de loja convencional\”, diz o gerente de marketing, Bruno Muoio.

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