por
Dr. Luiz Felizardo Barroso – 19/01/2010
O Brasil possui uma vocação natural para o
turismo e é o terceiro país do mundo em franchising. Nada obstante, o número de
marcas franqueadas na área do turismo por enquanto é pequeno. O mercado ainda
não despertou para este tipo de negócio, se bem que haja uma previsão de
crescimento à vista.
São inúmeros os setores da atividade do turismo que
podem se beneficiar da franquia empresarial. Das agências de viagens, até a
administração de aeroportos, estações ferroviárias, rodoviárias, estradas e
pontes (servindo nestes casos o franchising como instrumento de privatização),
passando pelos hotéis, locadoras de automóveis, áreas de lazer (parques e bares
temáticos), onde se encontram as chamadas franquias de terceira geração,
que proporcionam uma assistência total por parte dos franqueadores aos seus
franqueados.
A franquia em turismo normalmente é de serviços,
proporcionando condições mais acessíveis aos candidatos a franqueado, pois a
problemática da existência do ponto comercial fica minimizada.
Como
em qualquer franquia, porém, é exigido do candidato a uma unidade franqueada no
setor de turismo que goste de lidar com o público, que seja comunicativo e
sociável, e que tenha uma boa cultura geral, sendo desejável que fale mais um
idioma, de preferência o inglês.
Passada a fase de nossa economia
inflacionária – que confundia os turistas estrangeiros na hora em que iam
cambiar sua moeda pela nossa – o chamado “custo Brasil” continua alto, tornando
este país caro para o turismo receptivo, não obstante os esforços governamentais
no sentido oposto.
Em termos nacionais, o norte/nordeste – que já
despontava como a região de maior potencialidade de crescimento em franchising –
é, também, aquela que acena com maiores possibilidades de desenvolvimento do
turismo no país, sendo a combinação de ambos um acontecimento natural,
sinergético e, portanto, inexorável.