O zinco atua como catalisador na formação do triptofano, precursor do ácido indol acético, hormônio responsável pelo crescimento meristemático, influindo, portanto, no crescimento da parte aérea do cafeeiro.
J.B. Matiello Eng Agr Fundação Procafé
O zinco é um micronutriente muito importante em cafeeiros, pois, apesar de necessário em pequena quantidade, a deficiência provoca redução no tamanho dos ramos, assim causando o cinturamento das plantas.
O zinco atua como catalisador na formação do triptofano, precursor do ácido indol acético, hormônio responsável pelo crescimento meristemático, influindo, portanto, no crescimento da parte aérea do cafeeiro.
Com a deficiência de zinco os internódios na extremidade dos ramos ficam curtos, ocorre morte de ramos e as plantas acabam ficando cinturadas, conhecendo-se também como plantas de “pescoço pelado”. Nos ramos as novas brotações formam “rosetas”. A falta do nutriente também provoca a redução no tamanho dos frutos.
Em plantas carentes de zinco as folhas novas ficam pequenas e afiladas, apresentando pontuações mais claras, que deixam a folha de cor esbranquiçada. Estas folhas, dos últimos pares, ficam levemente coriáceas e quebradiças.
Em cafeeiros conillon os sintomas de deficiência de zinco são diferenciados, com folhas novas bem amareladas, especialmente em plantas jovens, que ocorrem em solos com baixissimos teores de zinco no solo (0,1 ppm).
A deficiência de zinco é das mais generalizadas nos solos de cerrado ou solos desgastados, tipo LE, LVA, LV, Lvh etc., com pobreza desse micro-nutriente e mais acentuada nos de textura arenosa. Ela é induzida pela calagem excessiva, pelos altos teores de manganês, de nitrogênio, de cobre e de fósforo, principalmente no plantio. O teor foliar adequado é de l0 a 20 ppm. Em excesso, principalmente na época de florescimento (acima de 30 ppm), o zinco pode causar redução de produtividade.
Temos visto no campo, especialmente em pequenas propriedades, que os produtores têm descuidado das aplicações de zinco. A pulverização na folhagem é a forma eficiente para suprir a necessidade do nutriente. Talvez por isso, com as dificuldades inerentes à operacionalização das pulverizações, o zinco ainda se mostra deficiente em muitas lavouras de café.