Em greve desde terça-feira, os fiscais federais agropecuários anunciaram ontem a volta ao trabalho a partir da próxima segunda-feira. “Mas vamos manter a mobilização e paralisações-relâmpago ao longo da semana que vem”, disse o presidente da associação da categoria (ANFFA), Luiz Fernando Carvalho.
As negociações para uma nova contraproposta do governo prosseguiram ontem. O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Silas Brasileiro, comprometeu-se com os fiscais a mediar uma nova oferta no Ministério do Planejamento. Brasileiro manteve ontem reuniões internas no governo, mas a oferta final seria decidida em um encontro noturno na Casa Civil.
Os fiscais insistem em um reajuste médio de 45% sobre os vencimentos básicos de 5.853 fiscais, o que elevaria a remuneração inicial para R$ 5.107 e a final, para R$ 8.155. A medida significaria uma despesa extra anual de R$ 763 milhões para o Tesouro. Na primeira proposta, o governo ofereceu um aumento de 12,5% divididos em três anos a partir de 2008. Deputados da bancada ruralista e exportadores pressionam o governo por um acordo para pôr fim à greve.