FERRUGEM DO
CAFEEIRO (Hemileia
vastatrix)
É uma enfermidade que ataca as folhas do cafeeiro, cujas pústulas têm
uma coloração amarelo-alaranjada. Os prejuízos desta enfermidade para o cafeeiro
são a desfolha prematura, com conseqüente seca dos ramos laterais, afetando o
florescimento, o pegamento dos frutos e a produção no ano seguinte, com redução
entre 20 a 45%.
As condições ideais para o desenvolvimento da doença são a
temperatura na faixa de 20 a 24ºC com umidade elevada para a germinação dos
esporos, chuvas freqüentes e ambientes sombrios, espaçamentos mais fechados,
adubação e tratos culturais inadequados. A carga pendente é de suma importância
no controle da ferrugem. A maior incidência desta enfermidade está ligada às
lavouras que estão com carga pendente elevada. Por isto, as lavouras devem maior
atenção nos anos em que haja uma estimativa de alta produção.
O controle da ferrugem pode ser feito pela
utilização de variedades resistentes como a Icatu, ou quimicamente por três
sistemas: preventivo, curativo e preventivo-curativo.
O tratamento preventivo é feito, utilizando-se
fungicidas cúpricos, como o oxicloreto de cobre (3 a 4 Kg/ha) no período de
novembro/dezembro a março/abril, com 4 a 5 pulverizações a cada 25 dias. Pode-se
usar também o hidróxido de cobre (1,7 Kg/ha), iniciando-se em dezembro/janeiro.
Demais pulverizações com intervalos de 20 a 30 dias, em 3 a 4 aplicações. O
cyproconazole (alto 100), a partir de janeiro ou com 5% de ferrugem, 0,5 l/ha,
com intervalo de 60 dias, também é recomendado.
Como curativo via foliar pode-se empregar o
Bayleton (1Kg/ha) ou o Bayfidan CE (1 l/ha), em uma aplicação. O Tilt, a 0,75
l/ha comintervalo de 60 dias e o Oppus 0,050 a 0,075 Kg do I.A/ha, com intervalo
de 90 dias, são também indicados. Contudo, os produtos curativos podem ser
aplicados com no máximo 15% de incidência de ferrugem.
O tratamento via solo pode ser realizado
empregando-se os granulados sistêmicos:
Fonte: Tulha Agro Informações – www.tulha.com.br
Ferrugem
Na face inferior das folhas aparecem pequenas manchas amarelas que crescem em diâmetro e depois se mostram também na face superior. Como tempo, as manchas ficam pardas e secam. Ocorre Desfolhamento. Pulverizações com fungicidas cúpricos, que servem também para fornecer o cobre, ou com sistêmicos, como Bayfidan 250 CE, Bayleton e Alto 100, são comumente utilizados no controle. Fungicidas sistêmicos granulados aplicados via solo, como Bayfidan 60-GR e Alto Mix, são de alta eficiência no controle dessa doença.
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A ferrugem é uma doença que ocorre no cafeeiro sob a forma de ferrugem farinhosa, causada pelo fungo Hemileia coffeicolla, ainda não constatada em cafezais no Brasil, e ferrugem alaranjada, causada por Hemileia vastatrix, enfermidade grave na cafeicultura brasileira a partir da sua constatação, em 1970.
A ferrugem ataca as folhas inferiores com uma massa de esporos (cerca de 150mil por pústula) que são as sementes do fungo. As lesões provocam a morte dos tecidos, começando pelo seu centro, que se torna marrom-escuro. Nas lesões velhas pode ocorrer o fungo Verticillium hemileae tornando-as de aspecto esbranquiçado. Esse fungo se alimenta do micélio da ferrugem, sem, entretanto, oferecer um controle efetivo da doença.
Os esporos são disseminados a longas distâncias pelo vento, pelos insetos, pelo homem e por outros animais. Na mesma plantação, de uma planta a outra e de folha em folha, a maior disseminação da doença ocorre pelas gotas de chuva.
Os fatores climáticos favoráveis à doença são: a temperatura, na faixa de 20-24 ºC, umidade necessária à germinação dos esporos favorecida pelas chuvas freqüentes, principalmente as finas, pelo orvalhamento noturno e por ambientes sombrios.
Nas lavouras, a doença é beneficiada por: a)sistemas de plantio e condução que tornam o ambiente (microclima) mais sombrio e úmido, como os sistemas adensados e as plantas com muitas hastes; b)a adubação e os tratos mal feitos tornando as plantas mais susceptíveis à doença; c) a presença de inóculo do ano anterior, que influi antecipando e agravando o ciclo da doença; d) a carga pendente, que é o fator mais importante por tornar o cafeeiro mais susceptível, uma vez que as reservas de carboidratos e componentes importantes da resistência são deslocados para a frutificação; e) a variedade, sendo que dentre as susceptíveis, o Catuaí suporta mais o ataque que o Mundo Novo. Esses fatores favoráveis influem tanto no nível de dano causado, quanto na forma de controle.
Na região de café arábica no centro sul do país, a doença evolui de dezembro a maio/junho, coincidindo com o período chuvoso, com temperaturas mais altas e com maior susceptibilidade das plantas.
Os prejuízos da ferrugem resultam da redução da área foliar das plantas, pelas lesões e pela desfolha, sendo mais visíveis na safra no ano seguinte. Apenas em ataques severos e precoces ocorrem perdas na granação dos frutos e no rendimento (coco/beneficiado), no mesmo ano.
A desfolha acentua a seca de ramos laterais e provoca, gradualmente, a deformação das plantas (acinturamento) e o aparecimento de ramos ladrões, exigindo desbrotas e antecipação de podas.
As plantas desfolhadas têm reduzido seu abotoamento, florescimento e pegamento dos frutos, o que afeta a produtividade. Em certos anos, as perdas são maiores, devido a ataques mais graves no ano anterior. Porém, os cafeeiros com carga mais baixa são menos afetados e se recuperam, melhorando a produção no ano seguinte, o que compensa aquelas perdas e diminui o prejuízo médio, considerando várias safras.
Essa perda média devido à ferrugem, obtida de quatro ou mais safras em ensaios experimentais, ocorre na faixa de 20-50%, variando conforme a variedade, a região, o nível de trato, etc.
FONTES:
– Cultura de Café no Brasil Novo Manual de Recomendações (Matiello, Santinato, Garcia, Almeida e Fernandes).
– Floresta Site http://www.florestasite.com.br/ferrugem.htm
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